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Tipo do documento: Tese
Title: “O patriarcado destrói, o capitalismo faz a guerra, o sangue LGBTI+ também é sangue Sem Terra!”: uma análise do processo de (des)construção das masculinidades a partir do Coletivo LGBTI+ Sem Terra
Other Titles: “Patriarchy destroys, capitalism makes war, LGBTI+ blood is also Landless blood!”: an analysis of the process of deconstruction of masculinities based on the LGBTI+ Sem Terra Collective
Authors: Silva, José Claudivam da
Orientador(a): Castro, Elisa Guaraná de
Primeiro membro da banca: Castro, Elisa Guaraná de
Segundo membro da banca: Furtado, Fabrina Pontes
Terceiro membro da banca: Schwendler, Sônia Fátima
Keywords: Coletivo LGBTI+ Sem Terra;Corpos Dissidentes;Masculinidades Camponesas;MST;Processos Identitários;LGBTI+ Landless Collective;Dissident Bodies;Peasant Masculinities;Identity Processes
Área(s) do CNPq: Sociologia
Sociologia
Idioma: por
Issue Date: 9-Feb-2024
Publisher: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Citation: SILVA, José Claudivam da. “O patriarcado destrói, o capitalismo faz a guerra, o sangue LGBTI+ também é sangue Sem Terra!”: uma análise do processo de (des)construção das masculinidades a partir do Coletivo LGBTI+ Sem Terra. 2024. 128 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade). Instituto de Ciências Humanas e Sociais. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2024.
Abstract: O presente trabalho visa analisar os processos identitários das masculinidades dissidentes de origem camponesa a partir dos papéis atribuídos aos homens que compõem o Coletivo LGBTI+ Sem Terra do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), com o objetivo de analisar como a (des)construção dos processos identitários das masculinidades no e do rural, a partir das vivências e experiências destes corpos dissidentes, pode contribuir para o rompimento de uma compreensão restritiva e excludente de afastamento de identidades plurais por meio da manutenção da (re)produção de indivíduos cisheteronormativos única e exclusivamente quando não são levadas em consideração as diversidades corpóreas e de identidades desses indivíduos. Deste modo, a partir do viés do binarismo de gênero, onde a aproximação com traços de feminilidade implica na desvalorização da identidade masculina para os homens e reverbera processos de deslegitimação, invisibilidade e marginalização desses corpos dissidentes de origem camponesa. A construção e manutenção de um ideal de identidade masculina e/ou de ser homem assume contornos, muitas vezes, atravessados por vieses de violências, dispositivos de regulação, como o armário e processos de resistências que (re)cortam suas vivências cotidiamente. Nessa perspectiva, a estratégia de reforço e ruptura a um padrão de masculinidade hegemônica preestabelecida e condicionante que espelha esse homem camponês enquanto atrasado e não moderno e alimenta o imaginário social deste enquanto bruto e/ou brutalizado possibilita outras e novas leituras sobre o rural e as ruralidades. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas e a análise dos documentos institucionais do MST sobre e a partir das questões de gênero e sexualidade, onde buscamos compreender como os homens que se percebem de identidades diversas do padrão de gênero preestabelecido se inserem nesses processos de (re)produção de masculinidades em espaços histórica e contextualmente dicotômicos, machistas e patriarcais, bem como processos de reconhecimento e visibilidade dessas masculinidades plurais enquanto garantia de (sobre)vivências. Deste modo, os estudos de gênero, feminismos e diversidade sexual nos possibilitam discorrer acerca das masculinidades e pluralidades de ser homem e pensar sobre como as violências de gênero e suas condições para marginalização, subalternidade e exclusão são evidenciadas pelo afastamento do padrão de gênero predeterminado, onde ser feminino e/ou afeminado está associado, ao longo da história, à passividade, docilidade, submissão e não ser homem de verdade, denotando um caráter de negação da identidade viril masculina e de afastamento ao ideal de ser homem devido a predominância de traços e padrões cisheteronormativos presentes no meio social.
Abstract: This work aims to analyze the identity processes of dissident masculinities of peasant origin based on the roles attributed to the men who make up the Landless LGBTI+ Collective of the Landless Workers Movement (MST), with the aim of analyzing how the deconstruction of identity processes of rural and rural masculinities, based on the experiences of these dissident bodies, can contribute to breaking a restrictive and exclusionary understanding of distancing plural identities through maintaining the (re)production of cisheteronormative individuals solely and exclusively when the bodily diversity and identities of these individuals are not taken into account. In this way, from the perspective of gender binarism, where approaching femininity traits implies the devaluation of masculine identity for men and reverberates processes of delegitimization, invisibility and marginalization of these dissident bodies of peasant origin. The construction and maintenance of an ideal of masculine identity and/or being a man takes on contours, often crossed by biases of violence, regulatory devices, such as the closet and resistance processes that outline their daily experiences. From this perspective, the strategy of reinforcing and breaking a pre-established and conditioning pattern of hegemonic masculinity that mirrors this peasant man as backward and non-modern and feeds his social imaginary as brute and/or brutalized enables other and new readings about the rural and ruralities. To this end, semi-structured interviews were carried out and the MST's institutional documents were analyzed on and based on issues of gender and sexuality, where we sought to understand how men who perceive themselves as having identities different from the pre-established gender standard are included in these processes of reproduction of masculinities in historically and contextually dichotomous, sexist and patriarchal spaces, as well as processes of recognition and visibility of these plural masculinities as a guarantee of survival. In this way, studies of gender, feminism and sexual diversity enable us to discuss the masculinities and pluralities of being a man and think about how gender violence and its conditions for marginalization, subalternity and exclusion are evidenced by the departure from the predetermined gender standard, where being feminine and/or effeminate is associated, throughout history, with passivity, docility, submission and not being a real man, denoting a character of denial of the masculine virile identity and distancing from the ideal of being a man due to the predominance of traits and cisheteronormative standards present in the social environment.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19648
Appears in Collections:Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade

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