Propriedades acústicas e o efeito da radiação UV nas cores de madeiras nativas e exóticas

Abstract

A madeira um recurso natural renovável e versátil, tem sido um componente essencial em diversas aplicações ao redor do mundo. Seu uso é vasto e diversificado, abrangendo áreas como arquitetura, onde é empregada na construção de estruturas e edifícios; na fabricação de móveis, proporcionando durabilidade e estética; e na criação de instrumentos musicais, onde suas propriedades acústicas únicas são altamente valorizadas. A exposição prolongada à luz solar pode causar uma mudança na cor da madeira, um fenômeno conhecido como fotodegradação. Isso pode resultar em um escurecimento da madeira ao longo do tempo, alterando sua aparência original. Dito isto, o trabalho em questão objetivou mensurar a variação de cor em seis espécies de madeiras tratadas termicamente, após aplicação de radiação ultravioleta sendo assim um tratamento de envelhecimento artificial acelerado em tempo de 120 horas. As cores foram coletadas nos parâmetros CIELAB (L*,a*,b*,C e h) e as propriedades acústicas por ensaio não destrutivo de propagação de ondas transversal de acordo com a norma ASTM E1876 de 2022 através do método de vibração transversal, foram analisados os parâmetros de módulo de elasticidade, densidade, frequência natural de vibração, atenuação acústica, velocidade do som e eficiência de conversão acústica. Notou-se que as amostras de Pinus, Marupá e Freijó obteve os melhores resultados de eficiência acústica, sendo mais indicadas para produção de tampos musicais, devido a sua transmissão de som com baixos ruídos. O freijó mostrou-se uma madeira com grande módulo de elasticidade, apesar de sua densidade média. Para as propriedades colorimétricas, as madeiras mais claras obtiveram cores mais saturadas, com mais tons vermelhos e amarelos, além de redução na sua luminosidade. Indicando valor estético ao material.