Educação em direitos humanos e enfrentamento às LGBTIfobias: narrativas de professoras/es do curso normal

Abstract

Esta dissertação tem como tema a Educação em Direitos Humanos e enfrentamento às LGBTIfobias: narrativas de professoras/es do curso normal, tendo como objetivo analisar as práticas pedagógicas e didáticas das/os professoras/es de um curso normal no enfrentamento às LGBTIfobias. Justifica-se a presente pesquisa mediante a necessidade de uma formação de professoras/es voltada para o respeito às diversidades e às diferenças das/os educandas/os. Trata-se de pesquisa qualitativa, em que a metodologia do estudo contempla, inicialmente, a coleta de informações de natureza teórica, através de pesquisa bibliográfica e documental, utilizando-se referenciais teóricos que abordam os temas: sexualidades, gênero, diversidades, educação em direitos humanos, formação de professores e narrativas. Em um segundo momento foi realizada uma pesquisa de campo e entrevistas narrativas com cinco professoras/es do Ensino Médio na modalidade normal de um colégio Estadual localizado na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Essas/es professoras/es foram selecionadas/os a partir de convite e aceite para participarem das entrevistas. As entrevistas narrativas foram categorizadas de acordo com a análise de conteúdo (Bardin, 2016) e, como resultados, chegou-se às seguintes categorias: A primeira categoria se refere à formação das/os professoras/es, tratando especificamente da formação inicial ou continuada sobre estudos de gênero, sexualidade e diversidade sexual. A segunda categoria trata de como as/os professoras/es constroem o tema do enfrentamento às LGBTIfobias na escola, que se organizam em dois movimentos:1) Como tema transversal; 2) Como tema que gera tensões na relação entre escola e família. A terceira categoria refere-se à Gestão da Diversidade na escola, portanto, às respostas que professoras/es dão à urgência do debate de enfrentamento às LGBTIfobias na escola, que se organiza em três movimentos: 1) As discriminações e violências contra alunas/os LGBTI; 2) Transgeneridades na escola; 3) As possíveis práticas pedagógicas e didáticas no enfrentamento às LGBTIfobias na formação de professoras/es. Dessa forma, concluiu-se que a escola não é um cenário estático, mas sim um terreno complexo onde diferentes realidades se entrelaçam. Ela pode tanto reforçar os preconceitos e as desigualdades quanto proporcionar oportunidades para desafiar e transformar esses padrões prejudiciais. Isso enfatiza a importância do ambiente escolar e das práticas pedagógicas e didáticas que reconhecem a pluralidade das/os educandas/os, criando um ambiente que respeita e valoriza as diferenças entre os sujeitos.