Resposta de espécies arbóreas da Mata Atlântica a adubação de plantio

Abstract

Entre as práticas silviculturais para restauração florestal, a adubação de plantio, com fertilizantes minerais, organominerais e aplicação de calcário são ações que podem auxiliar nos processos de recuperação de áreas degradadas e ou perturbadas. Devido a diversidade de espécies arbóreas plantadas e o não melhoramento das espécies nativas, sempre surge dúvidas se há respostas positivas a adubação de plantio. Objetivou-se avaliar a resposta de adubação de plantio de onze espécies arbóreas de ocorrência do bioma Mata Atlântica em área destinada à restauração, que era dominada por pastagem. O estudo foi desenvolvido com plantio em campo, com dois experimentos implantados em áreas anteriormente ocupadas por pastagem de Uroclhoa humidicola cv. Llanero, município de Cachoeiras de Macacu, RJ. O solo é argilo arenoso e classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico endoálico, considerado pobre em nutrientes. A topografia é declivosa. O experimento 1 foi formado por quatro tratamentos: T1 – Testemunha; T2 - 90 g de calcário dolomítico (CaO 39%; MgO 11%; PRNT 91,26%) / cova; T3 - 150 g de N-P-K (06-30-06) / cova; T4 – 90 + 150 g/cova de calcário e N P-K respectivamente. Experimento 2: T1 – Testemunha; T2 – 150 g de calcário / cova; T3 – 150 g de N-P-K (06-30-06) / cova; T4 – 200 g/cova de fertilizante organomineral N-P-K (03- 10-5), CTC de 80 mmolc/kg, Aos 8 meses após plantio, foram coletadas as variáveis altura, diâmetro a 5 cm do nível do solo e área de copa de todas as plantas. Os dados foram submetidos a análise de variância, comparando cada tratamento de adubação com a testemunha. Não constatou diferenças significativas (p>0,10) no crescimento das espécies estudadas, para as variáveis mensuradas, quando comparadas ao tratamento que não recebeu adubação. Conclui se que, para sítios semelhantes a este, não recomenda a adubação de plantio.