Câmbio, elasticidade-câmbio das importações e seus possíveis entraves para o processo de desenvolvimento econômico brasileiro: análise do período de 2003 – 2021

Abstract

O estudo dos entraves econômicos que um país passa em seu processo de desenvolvimento é de fundamental importância na ciência econômica. A América Latina ao longo dos anos tem por características a restrição do desenvolvimento econômico, por questões relacionadas a exportação de matérias primas. Levando a questões relacionadas a perdas em termos de troca e a importação excessiva de produtos para suprir sua demanda interna, que devido a uma indústria não competitiva com países desenvolvidos, baixa tecnologia e pouco financiamento, acabam gerando problemas de desequilíbrio de suas contas e uma dificuldade enorme em produzir substitutos para os bens importados. Segundo estudos já publicados existe uma convergência para a ideia de que a elasticidade-câmbio das importações brasileiras seja baixa no Brasil, ou seja, os resultados econométricos demonstram que as importações sofrem muito pouco impacto de variações do câmbio. Não transformando o câmbio em uma variável irrelevante para a análise, mas indicando que a política cambial de um câmbio competitivo sozinha não é suficiente para a retomada da industrialização nacional. O câmbio é a variável mais relevante neste cenário, pois suas oscilações afetam, a produção doméstica e a produtividade do trabalho através da heterogeneidade estrutural. O trabalho teve como objetivo investigar a baixa elasticidade-câmbio das importações e como essa baixa elasticidade prejudica a ideia de apenas um câmbio mais competitivo reindustrializar o país. As categorias analisadas de importação apresentaram uma forte relação de dependência com a atividade econômica. Onde ficou evidente que uma alteração estrutural na oferta nacional de bens na economia brasileira se faz necessária para que o país volte a se reindustrializar.