Sobre deslocamentos e permanências: as refugiadas congolesas em Duque de Caxias

Abstract

Este trabalho teve como objetivo analisar o refúgio feminino, pensando nas mulheres congolesas que residem em Duque de Caxias, Baixada Fluminense e compreendendo como foi a inserção e a vivência dessas mulheres congolesas dentro de um âmbito social e cultural na cidade. Como se reconstruíram em um outro país, quais caminhos percorreram, quais foram as transformações, para que, de alguma forma, sobrevivessem às tantas “fraturas” durante esse processo. A metodologia deste trabalho, foi através de uma pesquisa bibliográfica, observação participante e entrevista. Tendo em vista que a migração e o refúgio ainda é um movimento bastante masculino, os dados mostram que há um movimento expressivo de mulheres dentro dos processos migratórios. E são elas quem vivem as maiores dificuldades, por conta das opressões que carregam e os vários obstáculos que enfrentam durante esses deslocamentos. Sendo assim, esta pesquisa procurou investigar e entender como é ser uma mulher refugiada na baixada fluminense, levando em conta suas especificidades e vulnerabilidades. E constatamos que alguns grupos estão tão vulneráveis que a possibilidade de serem estudados se torna inviável, por essas pessoas não estarem disponíveis para participar de pesquisas.