Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20635
Tipo do documento: Tese
Título: Origens e percursos da extensão rural na Argentina e no Brasil: do desenvolvimentismo à fragmentação
Título(s) alternativo(s): Origins and paths of rural extension in Argentina and Brazil: from developmentalism to fragmentation
Orígenes y caminos de la extensión rural en Argentina y Brasil: del desarrollismo a la fragmentación
Autor(es): Paiva, Rafael do Valle
Orientador(a): Guedes, Cezar Augusto Miranda
Primeiro coorientador: Cimadevilla, Gustavo Ramón
Primeiro membro da banca: Guedes, Cezar Augusto Miranda
Segundo membro da banca: Assis, Renato Linhares de
Terceiro membro da banca: Barbé, Luciane da Costa
Quarto membro da banca: Oliveira, Alberto de
Quinto membro da banca: Guimarães, Marcelo Duncan Alencar
Palavras-chave: Extensão Rural;Agricultura Familiar;Políticas Públicas;Rural Extension;Family Farming;Public Policies;Extensión Rural
Área(s) do CNPq: Engenharia Agrícola
Engenharia Agrícola
Idioma: por
Data do documento: 28-Jun-2023
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária
Citação: PAIVA, Rafael do Valle. Origens e percursos da extensão rural na Argentina e no Brasil: do desenvolvimentismo à fragmentação. 2023. 80f. Tese (Doutorado em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária) - Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2023.
Resumo: A Extensão Rural brasileira foi marcada desde sua gênese, por um intenso processo de disputa político-ideológica. Ao longo das décadas, desde sua efetiva operacionalização com a concepção da ACAR/MG (Associação de Crédito e Assistência Rural) em 1949 e seu espraiamento pelos demais estados da federação ao longo dos anos cinquenta do século passado, esteve dividida entre a função social do extensionismo e o difusionismo de pacotes tecnológicos. A Revolução verde intensificou essa dicotomia, apontando um futuro nada promissor para o compromisso social pelo qual foi norteada a Extensão Rural originária. Com o processo neoliberal, o Estado brasileiro promoveu o esvaziamento do serviço de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural), descentralizando, desativando, sucateando e precarizando a ATER governamental pública, chegando à terceirização dos serviços. O Projeto Lumiar foi a primeira experiência nesse sentido, inaugurado em 1997 no Estado do Rio de Janeiro, não teve futuro e foi desativado no ano 2000. Com o governo popular assumindo o poder central do país, os movimentos sociais do campo ascenderam com mais força e após seis anos de inatividade, a Extensão Rural para assentamentos de reforma agrária assume outra roupagem. A Assessoria Técnica, Econômica e Social (ATES) é apresentada como uma nova fórmula de atendimento às famílias assentadas. Contudo, a escassez de recursos em meio às crises políticas e institucionais culminaram com a precarização dos serviços e com o enfraquecimento do programa, sendo finalizado no ano de 2014. O Brasil não foi o único a sofrer com os processos de esvaziamento do Estado, em toda a América Latina a onda liberalizando sucateou e desmontou em graus variados a estrutura estatal. Em toda América Latina, os serviços de Extensão Rural também sofreram com as reformas implementadas pelos governos liberais. O presente estudo objetiva caracterizar a Extensão Rural a partir da análise do sucateamento e terceirização dos serviços da ATER pública, tendo como ponto de analise o estado do Rio de Janeiro, Brasil e a província de Córdoba na Argentina, descrevendo o esvaziamento dos serviços de ATER tanto do Brasil, a partir do ponto de vista dos(as) técnicos(as) de campo, das famílias assentadas, bem como dos(as) gestores(as) nas três esferas do poder público. Para tanto, lançamos mão de entrevistas com questionários semiestruturados, além de análise documental de relatórios e da legislação pertinente, como métodos analíticos. Desta forma, foram obtidos dados que representam o quadro atual em que se encontra a Extensão Rural no Brasil, estado do Rio de Janeiro e como base comparativa, a Argentina, Província de Río Cuarto.
Abstract: The Brazilian Rural Extension was marked since its genesis by an intense process of political- ideological dispute. Over the decades, since its effective operationalization with the conception of ACAR/MG (Association of Credit and Rural Assistance) in 1949 and its spread across the other states of the federation throughout the fifties of the last century, it has been divided between the social function of extensionism and the diffusionism of technological packages. The Green Revolution intensified this dichotomy, pointing to an unpromising future for the social commitment by which the original Rural Extension was guided. With the neoliberal process, the Brazilian State promoted the emptying of the ATER service (Technical Assistance and Rural Extension), decentralizing, deactivating, scrapping and precariousing the public governmental ATER, reaching the outsourcing of services. The Lumiar Project was the first experience in this sense, inaugurated in 1997 in the State of Rio de Janeiro, it had no future and was deactivated in the year 2000. With the popular government assuming the central power of the country, the social movements of the countryside rose with more force and after six years of inactivity, the Rural Extension for agrarian reform settlements assumes another guise. Technical, Economic and Social Assistance (ATES) is presented as a new formula for assisting settled families. However, the scarcity of resources in the midst of political and institutional crises culminated in the precariousness of services and the weakening of the program, which ended in 2014.Brazil was not the only one to suffer from the process of emptying the State, throughout Latin America the wave of liberalization scrapped and dismantled the state structure to varying degrees. Throughout Latin America, Rural Extension services also suffered from the reforms implemented by liberal governments. The present study aims to characterize the Rural Extension from the analysis of scrapping and outsourcing of public ATER services, having as points of analysis the state of Rio de Janeiro, Brazil and the province of Córdoba in Argentina, describing the emptying of ATER services both in Brazil, from the point of view of field technicians, settled families, as well as managers in the three spheres of public power. To do so, we will use interviews with semi-structured questionnaires, as well as documental analysis of reports and relevant legislation, as analytical methods. It is expected, therefore, to obtain data that represent the current situation of Rural Extension in Brazil, state of Rio de Janeiro and, as a comparative basis, Argentina, Province of Río Cuarto.
1. Introducción En las últimas décadas, el modelo de desarrollo rural brasileño ha sufrido numerosas configuraciones y reconfiguraciones. Con cada cambio en el gobierno federal y dependiendo de la fuerza política que asuma el cargo de presidente de Brasil, la política pública de desarrollo rural adquiere un nuevo cariz. La mayor parte del tiempo viste ropa vieja, polvorienta y llena de marcas del antiguo sistema oligárquico. Eso es lo que pasó en los últimos cuatro años de la historia de Brasil. Esto representó un retroceso en las políticas públicas para la agricultura familiar, una reducción de los valores del PRONAF (Programa de Fortalecimiento de la Agricultura Familiar), el desguace de agencias de investigación y extensión rural en los estados y, a cambio, mayores incentivos para el gran sector agroindustrial exportador. Aunque no es el objetivo de este trabajo, es importante saber de qué periodo estamos hablando. En 2014, presionado por el sector conservador del gobierno, el Gobierno de Dilma no renovó los contratos del programa de extensión rural ATES (Asesoramiento Técnico, Económico, Social y Ambiental) ofrecido por el INCRA (Instituto Nacional de Colonización y Reforma Agraria) a los acuerdos de la reforma agraria federal. Poco después, la entonces presidenta sufrió un golpe de Estado, llevado a cabo por su propio vicepresidente, Michel Temer. Luego fue “acusada” y abandonó el palacio de la meseta. Así, al comienzo de uno de los períodos más oscuros de la historia reciente de Brasil, en pleno régimen democrático, las raíces del autocratismo estaban creciendo en la clandestinidad de Brasilia. Con una serie de demandas interpuestas contra gestores de anteriores gobiernos populares y con el surgimiento de pruebas sin materialidad y argumentos basados en la pura “convicción”, de uno de los personajes de este proceso, poco a poco se van sumando los triunfos alcanzados por los movimientos sociales en el campo. durante los gobiernos anteriores, fueron desmantelados. Con el presidente LULA, incapaz de presentarse a las elecciones de 2018, surgió en Brasil un fenómeno retrógrado, proclamándose defensor de las familias brasileñas, que, por anacrónica que fuera, obtuvo un gran apoyo popular. Los nostálgicos del régimen militar finalmente lograron reunir a millones de personas que no entendieron y no entienden, hasta el día de hoy, que este proceso puso al país a contrapelo de la historia, que nos alejó de la comunidad internacional. Haciendo de la bandera nacional su bandera privada, difundió sin escrúpulos el sentimiento de impunidad. Fue en medio de esta agitación psicosocial que comenzamos nuestro trabajo de investigación. Todo el análisis aquí basado se ubica dentro de este período nebuloso que atravesó la historia de Brasil. Se puede observar entonces, que a pesar de no ser el foco de nuestro estudio, todo lo investigado está contextualizado históricamente, y como se puede entender a lo largo de la lectura, toda esta destrucción del capital cultural y social del país tuvo un impacto en las políticas públicas. fondos para el sector de la agricultura familiar. Incapaz de extinguir completamente los programas, el gobierno de excepción que se instaló en el altiplano, debilitó los fondos, desmembró las agencias, quitó cargos y puso en último lugar el desarrollo rural para la agricultura familiar basada en el campesinado. De hecho, en absoluto. Por lo tanto, estas palabras iniciales son importantes, para aclarar que el presente texto se ubica históricamente en un período desastroso y atroz, que atravesó Brasil, en su historia más reciente. Mientras tanto, Argentina sufrió a causa de su gobierno proneoliberal de austeridad financiera y el empobrecimiento general de la población. Sin embargo, aún con esta pérdida de las finanzas argentinas, el INTA (Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria) siguió operando y desarrollando sus proyectos dirigidos a los pequeños agricultores. Es decir, el INTA es responsable no sólo de desarrollar nuevas tecnologías para las zonas rurales, sino que también es responsable de ofrecer asistencia técnica y extensión rural para apoyar continuamente a las familias rurales argentinas. Esto se abordará a lo largo del texto. Brasil, sin embargo, desde el principio separó estas dos modalidades en dos agencias nacionales, una de extensión rural, EMBRATER (Empresa Brasileña de Asistencia Técnica y Extensión Rural) y otra de investigación agrícola, EMBRAPA (Empresa Brasileña de Investigación Agrícola). Ésta, por lo tanto, es una de las diferencias cruciales entre las políticas rurales de los dos países y esta contradicción también será abordada a lo largo de este trabajo. Siguiendo este camino y tomando como punto de partida las problemáticas que involucran el desarrollo rural tanto en Argentina como en Brasil y en particular la construcción/deconstrucción de políticas de Extensión Rural dirigidas a un público específico, el campesino y sus dimensiones campesinas. Nuestro principal objetivo fue delinear los aspectos del desarrollo rural en ambos países. Impregnando sus trayectorias e interjecciones, resultado de los procesos neoliberalizadores que permean a toda América Latina desde los años 90 del siglo pasado. Se observaron los casos del Asentamiento Roseli Nunes, ubicado en Piraí – RJ, y la acción de extensionistas argentinos del INTA, en la delegación local de la provincia de Río Cuarto en Argentina. Utilizando entrevistas de campo con familias campesinas involucradas en la reforma agraria, así como con técnicos que trabajan en extensión rural tanto en Brasil como en Argentina. En este sentido, abrimos las discusiones abordando la formación socioeconómica y espacial del medio rural brasileño, presentando sus elementos históricos, así como el modelo adoptado de explotación de la tierra en Brasil que continúa hasta el día de hoy, fortaleciendo las oligarquías rurales nacionales y regionales. En este capítulo también abordaremos el inicio de la extensión rural en Brasil. Cómo ocurrió, qué cambios se produjeron y cómo este proceso quedó institucionalizado definitivamente mediante leyes y decretos a lo largo del siglo XX. A continuación, hablaremos del caso argentino. Cuál fue la historia de la consolidación de la extensión rural argentina, cuáles fueron los desafíos enfrentados y las crisis desencadenadas en la estructura del INTA. En este sentido, haremos un recorrido por la historia política y agraria de Argentina, hasta la actualidad, para que podamos comprender la importancia del INTA en el desarrollo rural argentino. También presentaremos, a continuación, las caracterizaciones de las áreas estudiadas así como los resultados del conjunto de análisis de los datos recogidos. Entretejiendo información sustentada en atributos metodológicos que favorecieron la comprensión de las diferentes capas del objeto estudiado. Finalmente, llegamos a nuestras consideraciones finales, donde presentamos las notas finales sobre lo estudiado, que posibilitaron la culminación de este trabajo, perfilando las similitudes y diferencias entre las políticas públicas de extensión rural entre Argentina y Brasil. Concluyendo que son el resultado del mismo proceso que a veces constriñe, a veces impulsa la evolución del espacio agrario de ambos países, constituyendo así dos caras de un mismo problema, en equilibrio y desequilibrio. Por tanto, un movimiento pendular característico de América Latina que, con el ánimo de desmantelar políticas públicas de carácter social, desorganiza, vacía y desmantela las políticas de desarrollo y emancipación de las familias campesinas. Hacer de la extensión rural un proceso debilitado y fragmentado, pobre en recursos y devaluado por los gobiernos nacionales y locales. 2. Procedimientos Metodológicos Para que pudiéramos comprender los matices que rodean el contexto de la investigación, fueron necesarias las siguientes preguntas generadoras: ¿Cómo y cuándo fue implementada efectivamente la extensión rural por los gobiernos de Argentina y Brasil? ¿En qué momento este proceso fue afectado por las políticas externas de expansión capitalista después de la Segunda Guerra Mundial? Y, finalmente, cómo estos cambios impactaron las políticas de extensión rural en ambos países, tanto en el ámbito del poder público como en la dimensión de las familias campesinas. Por lo tanto, para responder a estas preguntas generadoras construimos un aparato metodológico, basado en atributos cuali-cuantitativos. Explorando las interfaces intercambiables del objeto en cuestión. Al inicio de nuestra investigación, consideramos relevante el supuesto de que la intervención del Estado en las políticas públicas para las zonas rurales está directamente vinculada al desarrollo del capital internacional, guiándose por los acuerdos comerciales externos y la creciente apreciación e intensificación de los commodities para la oferta central. países (Unión Europea y Estados Unidos) y países periféricos que experimentan una rápida expansión económica (China). De esta manera, la importancia de la Extensión Rural estaría directamente ligada a la transferencia de tecnología para la intensificación y aumento de la producción en escala para abastecer el exterior. mercado. Como resultado, incluso con el PRONAF, la agricultura familiar campesina permanece al margen del proceso de desarrollo rural, siendo apoyada únicamente por políticas locales y específicas de seguridad social. Para un análisis procesal de los hechos, buscamos comparar los mecanismos que configuraron la extensión y el desarrollo rural tanto de Argentina como de Brasil. Al ser países que integran el cono sur, y políticamente MERCOSUR (Acuerdo de Complementación Económica entre Brasil, Argentina, Paraguay y Uruguay), se logró aunar los acontecimientos económicos e históricos que marcaron la evolución de la extensión rural en estos Estados Nación. A pesar de que los procesos de colonización portuguesa y española tuvieron determinismos e idiosincrasias, las zonas rurales de ambos países en cuestión se vieron impactadas por las políticas exteriores incorporadas por sus respectivos gobiernos. Sin embargo, las respuestas a las influencias externas se produjeron de diferentes maneras temporales y económicas. Permitiendo así una perspectiva enriquecedora de los hechos para el presente estudio. Por lo tanto, el enfoque cuali-cuantitativo permitió vislumbrar los entresijos de las políticas rurales en cada país estudiado. Acercando los datos a lo que intentábamos entender. En otras palabras, el desmantelamiento neoliberal de las políticas de desarrollo rural y extensión de la agricultura familiar campesina. Aún en el tiempo, respecto del análisis cualitativo y el uso de datos cuantitativos en la construcción de los hechos abordados, cabe destacar, como señala Vasilachis (1992) que “La práctica de la investigación sociológica nos muestra la presencia simultánea de una pluralidad de métodos cuya aplicación permite comprender un determinado objeto o fenómeno social”. (VASILACHIS, 1992). Entendemos que la metodología propuesta de carácter cuali-cuantitativo es necesaria para comprender los procesos y similitudes entre el desarrollo rural en ambos países y localidades estudiadas. Esto nos permite viajar por las diferentes dimensiones del objeto, tocando los ojos de técnicos de campo y familias campesinas. Enriqueciendo así la triangulación de los datos recopilados. Además, la metodología se construyó a partir del estudio de caso del asentamiento de reforma agraria Roseli Nunes, ubicado en el municipio de Piraí, estado de Río de Janeiro. Con el objetivo de identificar el nivel de percepción de los colonos sobre las políticas públicas de extensión rural desarrolladas por el gobierno federal brasileño a través del INCRA. Aclaramos a tiempo que el seguimiento a las familias asentadas se realizó a través de la metodología de observación participante, permitiendo sentir, vivir y observar las problemáticas del asentamiento y sus familias asentadas. Entendemos que la observación participante es un excelente recurso metodológico para la investigación social, ya que permite una inserción más profunda en las prácticas y representaciones que viven las familias campesinas asentadas. Con este método, el investigador sigue más de cerca el acontecimiento de su investigación, lo que le permite decodificar mejor imaginarios, vocabulario, símbolos y ritos válidos y coherentes, con mayor correspondencia con la forma en que los propios colonos viven su práctica agrícola. (PROENÇA, 2007); (QUIRÓS et al, 2007). Es importante resaltar que el análisis comparativo entre ambos países se basó en la visión de técnicos de extensión rural, que trabajan en diferentes programas ofrecidos por los gobiernos argentino y brasileño. Así, es posible identificar, en las relaciones socioorganizativas e institucionales, similitudes y diferencias en la dinámica de las políticas públicas de desarrollo rural. Para ello, se realizaron entrevistas con un cuestionario semiestructurado, compuesto por preguntas abiertas que buscaron expresar la comprensión de técnicos y técnicos de campo y familias asentadas en el Proyecto Asentamiento Roseli Nunes, sobre los alcances de las políticas públicas de extensión rural, así como así como los impactos sufridos a lo largo de los años de desmantelamiento del aparato estatal bajo las políticas neoliberales. Por lo tanto, los aspectos metodológicos de la investigación se distribuyeron en tres etapas. Como paso número uno se estableció la recolección de datos secundarios, con el objetivo de actualizar el estado de la ciencia sobre el tema actual. En un segundo momento utilizamos la Observación Participante de los hechos estudiados y, finalmente, aplicamos entrevistas mediante un cuestionario semiestructurado. Con esto, buscamos respetar, a lo largo del trabajo de investigación, la multidimensionalidad de la cuestión agraria en Brasil y Argentina, dialogando con las interfaces del desarrollo rural, las políticas públicas de extensión rural y la reforma agraria. En este sentido, las observaciones y notas de campo constituyeron importante material de análisis, lo que facilitó la triangulación de los datos recolectados a lo largo del período investigado. Para la recolección de información los métodos utilizados fueron la observación participante y la aplicación de un cuestionario semiestructurado, con preguntas separadas por ámbitos: social, ambiental, económico e institucional. Las entrevistas se realizaron a nueve familias representantes de la comunidad. Como informantes privilegiados, sus percepciones sirvieron como un instrumento de fundamental importancia para comprender la realidad del asentamiento. El análisis de los datos se basó en las reflexiones del investigador, ahora de moda, triangulando con notas de campo y observaciones recopiladas durante el trabajo de investigación. Como se mencionó anteriormente, el asentamiento Roseli Nunes tiene una producción diversificada de cultivos de hortalizas y producción de animales menores, exponiéndose productos como huevos y queso, además de hortalizas, en las ferias de la región. El hecho de que las familias asentadas recibieran asistencia técnica a través del programa ATES/INCRA, que finalizó en 2014, y que los propios técnicos del MST continuaran brindando asistencia después de este período, fue una de las principales razones para elegir este asentamiento como foco de atención. analizando los resultados del programa ATES. Para iniciar los trabajos se solicitó autorización a los dirigentes del asentamiento, que es organizado por el propio MST. Las visitas a las familias se realizaron bajo la supervisión de los dirigentes, así como las familias entrevistadas también fueron indicadas por la dirección del MST. Além das entrevistas, foram feitas visitas de reconhecimento no assentamento, como parte das atividades do Observatório de Sociologia e Extensão Rural, fundado e dirigido pelo presente autor, estando vinculado institucionalmente ao Departamento de Ciências Sociais do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Rural de Rio de Janeiro. 3. Resultados y Discusión Vimos la evolución histórica de la legislación brasileña sobre extensión rural. Se pudo comprobar que incluso antes de la promulgación de las primeras leyes que regulaban el trabajo de extensión, la extensión rural ya se practicaba en los primeros días del desarrollo agrícola colonial. También acompañamos la formación de las primeras escuelas agrotécnicas y las primeras leyes que regularon las acciones de asistencia técnica y financiamiento agrícola. También vimos la evolución de la situación económica a través de los diferentes gobiernos que se sucedieron en el territorio brasileño, organizando y reorganizando y, en ocasiones, perturbando el sistema de asistencia técnica y extensión rural. Que durante toda su formación sufrió o se benefició según las intenciones económicas del gobierno vigente en su momento. Con esto, fue posible comprender que incluso con aparatos legales establecidos, siempre existía la posibilidad de cambiar de rumbo, lo que, a su vez, estaba vinculado a los intereses de quienes, desde el inicio de la explotación de las tierras brasileñas, perpetuaron ellos mismos en el poder, creando condiciones que los beneficiaban y quienes, por así decirlo, controlaban la construcción de políticas públicas de extensión rural. Los agronegocios siempre han estado vinculados a esferas de poder tanto en los gobiernos nacionales como locales (estatales y municipales), lo que ha afectado directamente las políticas de extensión. En Argentina también podemos entender la evolución de las políticas de extensión rural, principalmente a través de la estructuración del Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria, INTA. A lo largo del debate se pudo observar que los cambios en la coyuntura nacional e internacional, incluidas las alternancias de gobierno, resultaron en cambios en la visión de las actividades de extensión rural argentina. Por lo tanto, para hablar de la estructura agraria argentina es importante conocer la historia del propio INTA, que a diferencia de la EMBRAPA (Corporación Brasileña de Investigación Agropecuaria), que se ocupa básicamente de la producción de nuevas tecnologías para las zonas rurales, el INTA, para Además de la innovación tecnológica, opera fuertemente en la extensión rural. Lo que por un momento nos parece un camino más prometedor para el desarrollo del sector agrícola nacional. Sin embargo, al igual que Brasil y toda América Latina, Argentina ha pasado por una serie de gobiernos, tanto democráticos como dictatoriales, que provocaron distintos cambios y, por qué no decirlo, giros en la política agrícola del país. Y el INTA fue el instrumento para implementar estas diferentes visiones de construcción de políticas agrícolas. Desde su inicio apuntando a una extensión más dialógica, pasando por la transferencia de tecnología y aplicación de paquetes tecnológicos hasta el cambio de ruta encaminado al crecimiento del modelo agroexportador. Frente a esta diversidad de acontecimientos que en un momento se parecían a lo que ocurría en Brasil y en otro diferían según sus propias diferencias estructurales y ocupación territorial, el presente autor salió al campo para aplicar cuestionarios a agentes de extensión rural argentinos, buscando comprender cómo se procesaron estos cambios dentro del propio INTA y cómo se fueron desarrollando y reestructurando estrategias por parte de los propios extensionistas durante el período en que trabajaron dentro del instituto. La investigación constó de tres etapas. Considerando el primero como la recopilación de datos secundarios mediante la consulta de buscadores en la red mundial, además de documentales audiovisuales. La segunda etapa consistió en la observación directa en campo y la tercera etapa de las entrevistas propiamente dichas. Tanto en Brasil como en Argentina buscamos entrevistar a los principales agentes, según criterios que incluían su involucramiento con organizaciones locales y su trayectoria en la actividad de extensión. Permitiendo así recolectar información que representó al grupo de técnicos de campo, ya que los entrevistados también se caracterizaron como informantes privilegiados por su inserción en sus propias instituciones. El trabajo de campo en Argentina se realizó del 3 al 15 de agosto de 2018, en la provincia de Córdoba en el municipio de Río Cuarto. Fueron un total de cinco entrevistas a técnicos de campo y extensionistas rurales que trabajan tanto en el INTA como en alianza con la Universidad Nacional de Río Cuarto. Además de las entrevistas, el trabajo de campo se realizó a través del conocimiento del operativo rutinario del INTA en el municipio de Río Cuarto, además del seguimiento del día a día de las actividades de la oficina del INTA (Agencia - Taller) en el municipio. El cuestionario se basó en ocho preguntas que fueron desglosadas y conectadas, con el objetivo de comprender el grado de integración del entrevistado en su institución, así como su percepción sobre las políticas generales del gobierno nacional y las relaciones entre los cambios de gobierno y su influencia en el accionar del propio INTA y de extensión rural en la provincia de Córdoba. Por razones de privacidad e idoneidad de la investigación, se conservarán los nombres, así como no se determinará el género de quienes dieron la entrevista y, aunque preguntamos sobre el cargo y función desempeñada, no los expondremos en esta texto para preservar la identidad. La primera persona entrevistada trabaja en diferentes proyectos de extensión rural, además de tener mucho tiempo dentro de las instituciones, lo que nos da una visión más integral de los cambios políticos que ha experimentado la institución. Por lo tanto, sus respuestas fueron una contribución importante a la percepción más general de la evolución de las políticas nacionales de extensión agrícola y rural. La segunda entrevista fue a una persona que lleva poco tiempo en la institución, pero que también trabaja en diferentes proyectos de extensión, lo que nos ofreció una visión más fresca de los cambios ocurridos en los últimos gobiernos argentinos, así como una perspectiva temporal. diferencia en lo que dice, respeto por la comprensión de los cambios generales sufridos a lo largo de toda la trayectoria del INTA. El tercer entrevistado también nos mostró una visión más anclada de la evolución de la institución, ya que ha estado involucrada en numerosos proyectos de extensión durante mucho tiempo, a partir de la conversación fue posible comprender los diferentes períodos por los que ha pasado el INTA, así como la nuevos lineamientos que se estaban diseñando durante el gobierno de Macri. La cuarta entrevista también fue con una persona que había trabajado recientemente dentro de la institución, pero que a su vez también estuvo involucrada en numerosos proyectos de extensión, brindándonos una visión más reciente de las acciones del INTA, pero demostró diferencias en la comprensión de los cambios estructurales que el INTA. pasó, en comparación con las respuestas de entrevistas anteriores. La quinta entrevista nos presentó un panorama general de los cambios estructurales que las políticas públicas han traído al medio rural argentino. Fue otorgado por dos personas que estuvieron involucradas durante mucho tiempo en los procesos de asesoría técnica y extensión rural, permitiendo, con su riqueza de detalles, comprender cómo los sucesivos gobiernos influyeron directamente en el accionar institucional del INTA. Con el análisis de los datos recolectados durante el trabajo de campo, se pudo dar cuenta que a pesar de las diferencias en el tiempo de trabajo en el sector de extensión rural, así como diferencias en el trabajo realizado y el grado de inserción en sus instituciones, fue posible darse cuenta de que Las respuestas estuvieron ligadas al sentimiento de que los cambios ocurridos tuvieron un impacto decisivo en el trabajo de los extensionistas. Tanto en lo que respecta a la transferencia de financiación como a la reducción de la cantidad de mano de obra disponible para el trabajo en el campo. Es cierto que el INTA es una institución con cobertura nacional y que sus oficinas están distribuidas regionalmente y por lo tanto, cada una de sus agencias atiende a un determinado tipo y número de público consistente con la capacidad productiva de la región. Sin embargo, cabe mencionar que la provincia de Córdoba alberga las dos agencias INTA más grandes, siendo Córdoba (capital) la más grande y Río Cuarto la segunda. Y aún con esta estructura y la importancia de la producción local, la oficina de Río Cuarto emplea sólo a nueve empleados, cinco de los cuales son de educación superior, entre ellos agrónomos y veterinarios, y cuatro a nivel técnico y de oficina. Este rezago técnico se observó al monitorear la oficina de Río Cuarto, configurando un escenario de crecimiento constante de la demanda, pero al mismo tiempo un escenario de vaciamiento del personal de la institución. Recordemos que las entrevistas se realizaron en el apogeo del gobierno de Mauricio Macri. Este gobierno es proneoliberal y está alineado con la ola conservadora que azota al mundo y a América Latina. Por lo tanto, era de esperar que la política estatal de mínimos afectara también a la Argentina y al INTA, volcando las políticas hacia el campo para fortalecer el agronegocio exportador, en detrimento del seguimiento y fomento del desarrollo de los pequeños y medianos agricultores rurales y de las zonas urbanas. que atendió al INTA. Esto quedó evidente en la entrevista número tres, cuando se formuló la última pregunta, en la que se buscaba entender la visión que tendría cada técnico sobre los cambios de gobierno y su influencia en el accionar del INTA, la respuesta fue contundente al afirmar que en ese momento, Se diseñó un reordenamiento de la estructura del INTA, obviamente al interior del gobierno de Macri, y que pretendía separar la acción de investigación e innovación y la labor de extensión. Recordemos que, como se discutió anteriormente, un movimiento similar tuvo lugar en Brasil desde el inicio de la estructuración de la extensión rural, consolidándose así con la formación de EMBRAPA (investigación) y EMBRATER (Extensión Rural). Es decir, dos instituciones separadas en su génesis y, por así decirlo, en su financiación, que operarían en el mismo sector y subordinadas al mismo ministerio, el de Agricultura. Pero, tras esta importante consideración, volvamos a la evolución de las entrevistas. Las primeras seis preguntas fueron elaboradas con el objetivo de comprender el grado de involucramiento del entrevistado con la institución en la que laboraba, así como su rol y su grado de influencia en las acciones tomadas por la oficina regional del INTA. Las respuestas a estas preguntas, como era de esperarse, fueron de carácter institucional, describiendo cada entrevistado su cargo y función, así como las acciones que realizaba dentro de la extensión rural. Sin embargo, estas preguntas nos permitieron separar el lugar de habla de cada persona y así nos fue posible analizar los detalles de las respuestas. La interpretación quedó clara: cuanto más tiempo esté dentro de la institución, más completa será su visión del proceso en su conjunto y mejor será su comprensión de los cambios que ha experimentado el INTA a lo largo de los años. En este sentido, nos pareció clara la distinción entre los actores, donde los más jóvenes o los que están recientemente dentro de la organización, tienen una visión más fresca y esperanzadora, frente a las respuestas de los mayores, que se graduaron más recientemente, o que han estado en la organización durante décadas. Estos nos presentaban un cierto pesimismo después de años de batalla contra los cambios dentro del INTA y que en ese momento no mostraban perspectivas de mejora sustancial para satisfacer las necesidades del sector atendido. Por el contrario, lo que surgió durante las entrevistas fue un escenario de pérdida de financiación y de acciones de extensión rural. Es interesante notar que en la tercera entrevista la persona se mostró muy aprensiva por las respuestas que estaba dando y expresó cierto temor de poder sufrir alguna represalia a consecuencia de la información que nos estaba brindando. A lo largo de la entrevista habló en tono de voz bajo y con una expresión facial de preocupación, que caracterizaba el miedo a que algo pudiera pasar. En un intento por entender mejor lo que estaba pasando, se hizo la última pregunta y la respuesta fue contundente sobre el temor que todos tenían de ser despedidos a raíz de los nuevos lineamientos del gobierno nacional. Aún en esta entrevista nos quedó claro que todos los cambios recientes realizados por el gobierno de Macri se estaban implementando de manera gradual y ocultados por otras acciones, como la reducción de transferencias para financiar proyectos para pequeños y medianos agricultores y que, como tal, se vio que es evidente la intención del gobierno de desmantelar paulatinamente la extensión rural en el país en beneficio de los grandes productores agroindustriales. Y con ello se justificaba el temor al despido que nos presentaba el entrevistado. Aún en este tema, es muy importante resaltar nuestra observación de que es interesante la diferencia de visión entre quienes han trabajado dentro del cuerpo durante más tiempo y quienes tienen menos tiempo, y esto se caracteriza por comprender los cambios que estaba atravesando el INTA. durante el gobierno de Macri. Quienes llevan menos de diez años en el INTA han vivido en su carrera dos gobiernos nacionales, el de Cristina Kirchner y el gobierno de Mauricio Macri. El primero con fuerte influencia peronista y acción estatal y el segundo siguiendo el manual mínimo estatal. En este sentido, los cambios implementados por Macri fueron vistos como una ruptura con los gobiernos peronistas y la “liberación” del aparato público de manos del Estado. Sin embargo, vale la pena considerar que, como la propia historia nos ha demostrado, la política de Estado de mínimos tuvo consecuencias desastrosas para las economías periféricas de América Latina. Volviendo al cuestionario, la pregunta siete, que se desglosa en letra A y letra B, así como la pregunta ocho, son preguntas más generales que buscaron mostrarnos la percepción que tiene cada entrevistado sobre las relaciones institucionales entre el gobierno nacional, las instituciones de las comunidades rurales extensión, INTA, gobiernos provinciales y gobierno municipal. Además, en la octava pregunta cerramos la entrevista preguntando sobre la opinión del entrevistado sobre la política agrícola del gobierno argentino. En esta parte, la primera entrevista nos presentó muchos detalles interesantes, además de demostrar un profundo conocimiento sobre la propia evolución del INTA, nos presentó una serie de preguntas que nos acercan a los argumentos utilizados anteriormente y a la literatura consultada para construir este texto. Las respuestas comienzan con la siguiente afirmación: “el mayor problema de este modelo organizativo es el trabajo individual”, en referencia a las acciones del INTA dirigidas a pequeños y medianos agricultores. Esta afirmación representa la gran preocupación por la falta de trabajo en la comunidad, la falta de pensamiento estratégico para la emancipación de los pequeños productores, agricultores familiares durante los años que antecedieron a los cambios dentro del INTA. De esta manera, incluso durante la entrevista, queda claro que el enfoque en la unidad individual, sea persona o unidad familiar, sin entender la inserción autónoma y regional en el mercado, sólo favorece a los grandes conglomerados agroindustriales. Esta afirmación corrobora lo expuesto en el capítulo dos de este texto, cuando se caracteriza la fase agroexportadora (agrobusiness) del accionar del INTA. Aún en esta entrevista, más adelante, señala el cambio de visión estratégica en 2003, exactamente cuando asumió el presidente Néstor Kirchner. Describe la “visión más social y territorial” del gobierno alineada con las diferencias territoriales y la realidad social de la agricultura familiar argentina. Históricamente, los agricultores trabajaron individualmente y las acciones del INTA priorizaron grupos y asociaciones de productores. Aún en esta línea, señala que en 2018 (gobierno de Macri), además del vaciado de acciones de extensión rural, hubo un aumento de los procesos de concentración de capital, tierra y producción, caracterizando la intensificación de la agricultura corporativa, para en detrimento de la producción agrícola local y de la agricultura familiar. Esta afirmación contrasta fuertemente con lo expuesto en la entrevista número cinco, la cual no declara desconocimiento del proceso que se estaba llevando a cabo, pero aún así, no indica insatisfacción o problema alguno observado con la actuación del gobierno nacional frente al INTA. Este caso nos retrotrae a nuestra observación hecha anteriormente en este tema, ya que el tiempo de trabajo en el sector está directamente relacionado con la percepción del cambio y sus consecuencias en el trabajo con las familias de agricultores. La persona entrevistada en la quinta oportunidad tiene alrededor de 10 años de experiencia, mientras que la persona entrevistada número uno tiene más de dos décadas de experiencia. Por lo tanto, es importante identificar desde qué lugar de esa situación habla la persona y, en este caso, esto fue fundamental para comprender las respuestas. Aún sobre los cambios implementados por el gobierno de Macri, el tercer entrevistado, aún con mucho temor en sus palabras, nos cuenta que los organismos locales del INTA están trabajando con menos recursos debido a los recortes del gobierno nacional. Mostrándonos un gran descontento con las políticas implementadas en su momento, nos dice que trabaja con extensión rural desde hace más de dos décadas, lo que nos permite inferir que el sentimiento de agotamiento y frustración con las políticas nacionales es real y está inserto en su espacio y tiempo, fortalecidos por años de trayectoria y experiencia con la extensión rural. De lo descrito hasta ahora se pudo constatar cuán inserto en los cambios políticos nacionales se encuentra el INTA, que según las intenciones de cada gobierno toma una configuración diferente, actuando ahora en beneficio de un público, ahora en beneficio de un público. beneficio de otro. Sin embargo, esto contrasta con el principio fundamental de la extensión rural, que es atender a los pequeños productores, que históricamente han sido excluidos del desarrollo económico y social. Finalmente, es interesante resaltar que todas las entrevistas nos presentaron, en mayor o menor medida, un caudal de información que nos permitió construir argumentos en torno al accionar del INTA en Río Cuarto. Además de los programas institucionales y el público objetivo, las respuestas a las preguntas nos mostraron un panorama general que apuntaba al desmantelamiento y separación de la extensión rural dentro del INTA. Poco a poco, el gobierno de entonces agotó los fondos y puso en duda la existencia de estructuras y la continuidad de los programas. Esto nos ayuda a comprender cuán dañina es la política de Estado mínimo y nos acerca políticamente a la realidad brasileña que también se viene configurando desde hace décadas, con el desmantelamiento de las estructuras de extensión rural. Concluido el desarrollo del trabajo de campo y seguimiento a las familias asentadas, pasamos a otra etapa de la investigación, las entrevistas a los técnicos que trabajaron durante el programa ATES. Sin embargo, con el surgimiento de la pandemia de covid 19 no se pudieron realizar las entrevistas que estaban programadas para el primer trimestre de 2020. Sin embargo, aún en 2020, en el segundo semestre, las entrevistas se realizaron de forma remota. Se elaboró un cuestionario semiestructurado, compuesto por preguntas cerradas y abiertas, dando a los entrevistados la oportunidad de expresar sus opiniones por escrito. Se dispuso de dos días para completar el cuestionario, con el fin de preservar la veracidad de la información recopilada y proteger la recopilación de datos de posibles interferencias políticas/económicas/sociales. Se crearon 12 preguntas que intentaron abordar los temas discutidos a lo largo del texto y buscar información relevante para construir la narrativa de los extensionistas brasileños. Las tres primeras preguntas se refieren a la recogida de datos profesionales, de modo que podamos comprender el lugar de discurso de cada uno de los entrevistados. Las otras cuestiones tratan de comprender el papel extensionista, las dificultades y desafíos en el desempeño de las actividades, las relaciones con los poderes institucionales y el papel del Estado como principal agente de promoción de las actividades de extensión rural en Brasil. En total recibimos 18 cuestionarios cumplimentados, lo que nos proporcionó un buen margen de análisis, ya que la diversidad de respuestas favoreció la interpretación de los datos obtenidos, así como la posibilidad de triangular la información con otros hallazgos de la investigación. Analizando el conjunto de respuestas obtenidas, es posible comprender que a pesar de la diversidad de argumentos, existe una tendencia a entender la extensión rural como de importancia fundamental en la construcción de nuevas relaciones en el medio rural brasileño, siendo mediadora de conflictos e interlocutora. de las familias rurales, ejerciendo nuestro rol de diálogo y construcción equilibrada de conocimientos, siempre con el objetivo de respetar las tradiciones, costumbres y cultura del campesino. En el asentamiento Roseli Nunes, utilizamos la observación participante para obtener la percepción de los propios colonos sobre los años de actividad de ATES, así como lo que cambió con la finalización del contrato. Además, aplicamos un cuestionario semiestructurado que aborda las dimensiones sociales, económicas y productivas de la familia, de modo que pudiéramos comprender cómo las familias fueron incluidas en los programas públicos de asistencia médica y social, y cuál fue el desempeño económico de sus actividades agrícolas. Se entrevistó a un total de nueve familias, lo que nos aportó datos importantes para poder caracterizar no solo el asentamiento, sino también a las familias y el grado de perpetuidad de las acciones que se implementaron mediante las acciones del programa ATES. Las entrevistas fueron acompañadas de una metodología de caminata transversal en los lotes de las familias que nos recibieron, así pudimos compartir relatos y situaciones vividas por los propios pobladores a lo largo de los años de instalación del asentamiento. La caracterización productiva resultó de enorme valor, ya que, aún en la adversidad de las discontinuidades de la asistencia técnica en el asentamiento, las familias mostraron un alto grado de organización de sus ingresos y producción. Se pudo comprobar in situ y a través de los datos obtenidos durante las entrevistas que la producción es muy diversificada, permitiendo no sólo el autoabastecimiento, sino también la venta de los excedentes de producción en ferias locales de la región. Los colonos también parecen estar bien conectados con el gobierno local, habiendo recibido visitas de equipos de asistencia social y de salud a lo largo de los años, además de tener fácil acceso al centro del municipio, donde se encuentran escuelas y hospitales. En materia de educación, todos los niños estaban matriculados tanto en educación primaria como secundaria y en una de las reuniones colectivas en las que participamos, nos informaron que el autobús escolar estaba siendo dirigido a una ruta dentro del asentamiento, y se pudo observar el paso de autobuses urbanos por las vías del asentamiento. Esto demuestra que el asentamiento está bien estructurado y bien conectado con las autoridades públicas locales, teniendo acceso a políticas de seguridad social, educación y salud. En cuanto a la producción agrícola, se pudo identificar la diversidad productiva y la replicación por parte de los pobladores de las técnicas de producción agroecológica que fueron transmitidas durante el período de asistencia técnica realizada por el equipo de ATES. Esto es muy valioso, demostrando que las acciones de los equipos de campo, aunque fueron discontinuadas, se perpetuaron a lo largo de los años, posibilitando autonomía productiva a las familias asentadas. En cuanto al tratamiento de plagas de cultivos, utilizan soluciones alternativas basadas en tecnologías agroecológicas, que respetan el equilibrio y la diversidad biológica de la región. Utilizan medicamentos industrializados bajo orientación técnica, cuando es necesario. Y, cuando se trata de actividades de producción animal, sólo utilizan medicamentos industrializados de acuerdo con las instrucciones de los órganos de salud competentes y bajo la orientación de médicos veterinarios del propio municipio de Piraí. Esto denota un alto grado de responsabilidad sanitaria y medioambiental. Se puede decir que esto también es resultado del accionar del equipo de extensionistas que trabajan en el programa ATES/INCRA. En una de las visitas a las familias asentadas, cuando se les preguntó sobre la efectividad del programa ATES, las respuestas fueron muy similares, denotando satisfacción con dicho programa y reportando su ausencia en el seguimiento diario de las familias. Cabe mencionar que el asentamiento Roseli Nunes también recibe seguimiento de equipos de EMATER-RJ y en ocasiones de técnicos de la intendencia. Sin embargo, informan que estos servicios no son suficientes y dejan mucho que desear en términos de continuidad de la asistencia técnica. 4. Conclusiones A lo largo de este trabajo, se expusieron diferentes argumentos sobre las contradicciones presentadas por los gobiernos argentino y brasileño, a lo largo de décadas de actuación en zonas rurales. Encontramos algunas similitudes y convergencias entre ambos procesos, caracterizando que las políticas públicas para las zonas rurales del cono sur estuvieron influenciadas por los mismos factores. Sin embargo, también se pudo observar que la respuesta dada por los gobiernos de ambos países fue diferente. Mientras uno tenía una dinámica de integrar en una misma agencia el desarrollo tecnológico y las acciones de extensión rural (Argentina), el otro decidió separar estas dos funciones desde el principio (Brasil) y, además, de acuerdo con los lineamientos neoliberales depositados en el mundo periférico, El gobierno brasileño decidió desfinanciar las políticas de extensión rural a principios de los años 1990. pasado. Intensificándose aún más los conflictos por la tierra en el país y culminando con la masacre de Corumbiara y Eldorado dos Carajás, cuyo memorial este investigador tuvo la oportunidad de visitar durante la ejecución de este trabajo de investigación. Analizando las entrevistas y respuestas tanto de técnicos del INTA (Argentina) como de técnicos que trabajan en el programa ATES (Brasil), fue posible comprender qué tan lejos están estos dos países de comprender la necesidad de fortalecer las agencias de extensión rural. El INTA tiene un papel importante en la promoción de las actividades agrícolas en la provincia de Río Cuarto, mientras que en el caso brasileño se dejaron de lado las políticas de servicios y asistencia técnica, se descartó tanto el modelo como las propias agencias de extensión rural. En este punto, cabe hacer una mención honorífica a EMATER-RJ, ya que en los intentos de entrevistar a los extensionistas de la empresa no obtuvimos respuesta. Cuando se contactó a algunos técnicos para entrevistarlos, o no respondieron al cuestionario o simplemente ignoraron nuestras invitaciones. Sólo uno quiso hablar y me dijo lo que ya se notaba a simple vista, que la agencia está totalmente desguazada, que no hay ningún incentivo para sus trabajadores, que tienen que pagar su propio combustible para realizar sus tareas y que cualquier desgracia que ocurriera con el vehículo, era responsabilidad exclusiva del técnico conductor reparar el vehículo. Esto no hace más que confirmar lo ya señalado anteriormente en este texto, que no sólo el gobierno federal, sino también el gobierno estatal, no juega el papel real de promover el desarrollo de tecnologías y fortalecer las agencias de extensión rural. Por lo tanto, es notorio el abandono de las agencias de investigación y extensión rural en el estado de Río de Janeiro, tanto la EMATER como la PESAGRO (Empresa Estatal de Investigación Agropecuaria) están siendo vaciadas y desguazadas. Continuando con las entrevistas, fue posible identificar la importancia de los programas de extensión rural tanto en Argentina como en Brasil. En Argentina, a pesar de haber pasado por numerosas limitaciones económicas, el INTA aún se mantiene firme en su propósito. El programa Pro Huerta es un caso de éxito y debe servir como referencia para otros países latinoamericanos. Y en el caso brasileño, fue posible identificar tanto a través de entrevistas con técnicos de campo como a través de entrevistas con colonos, que el programa ATES tuvo importancia real en la construcción de la emancipación de las familias asentadas, objetivo deseado en todo acuerdo de reforma agraria. Sin embargo, con la terminación del programa, las cooperativas no sólo sufrieron la falta de transferencias financieras durante la ejecución de los servicios, sino que también experimentaron dificultades para mantenerse debido a la ausencia de políticas públicas para las zonas rurales. Por lo tanto, podemos concluir que tanto Argentina como Brasil atravesaron el mismo proceso de reestructuración productiva, las mismas políticas de austeridad financiera de los proyectos neoliberales y llegaron al cambio de siglo aún sufriendo las marcas del pasado y las respuestas desiguales y combinadas del capitalismo. .periférico, debido a las crisis del mercado internacional. Luego señalamos que Argentina y Brasil son caras de una misma moneda, lo que refleja políticas públicas desiguales que favorecen a las grandes empresas agroexportadoras, en detrimento del apoyo a la pequeña producción familiar campesina. Si bien tenemos procesos diferentes y espaciados temporalmente en ambos países, fue posible demarcar las similitudes en medio de estas diferencias. Y que la extensión rural y el desarrollo rural fueron tratados de manera desequilibrada al comparar los dos países. Mientras uno decidió fortalecer y mejorar las políticas de desarrollo rural, el otro decidió tomar el camino opuesto, debilitando el apoyo a la agricultura familiar en el ámbito de la extensión y la mejora de los agronegocios.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20635
Aparece nas coleções:Doutorado em Ciência, Tecnologia e Inovação em Agropecuária

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