Introdução ao conceito da privatização ampliada através de uma análise de caso das atuações da Fundação Lemann na educação brasileira: um empreendimento do homem mais rico do Brasil

Abstract

A dissertação Introdução ao Conceito da Privatização Ampliada através de uma análise de caso a partir das atuações da Fundação Lemann na Educação Brasileira, um empreendimento do homem mais rico do Brasil começou a ser produzida em 2020, 30 anos depois da Conferência Mundial sobre Educação para Todos em Jomtien, foi qualificada em 2022, ano no qual se comemora 20 anos de existência e atuação do nosso objeto de pesquisa, a Fundação Lemann, e está sendo defendida em 2023, quando o Bloco Histórico Neoliberal, hoje em seu formato Social-Liberal, completa 50 anos de Hegemonia contados a partir da Crise Orgânica de 1973. Seu título, atrelado a essa coincidência cronológica, fala por si. Desta forma, o objetivo principal é extremamente nítido e consiste em redarguir a objetiva pergunta: pode-se afirmar que há em curso o desenvolvimento do fenômeno da Privatização Ampliada da Educação Brasileira? Para isso, utilizamos o conceito gramsciano, absolutamente central, do Estado Ampliado como Ferramenta Metodológica, a fim de se realizar, de forma documental, um estudo de caso dissecando as atuações, parcerias e empreitadas da organização familiar filantrópica do homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann. A relevância social é percebida quando se considera que está cientificamente comprovado, segundo ampla bibliografia, que faz 30 anos que Reformas Educacionais, organizadas por Organismo Internacionais e fundações filantrópicas como a de Lemann, são empreendidas na América-Latina, e mais especificamente no Brasil, para auxiliar a adequação desta região da periferia do capitalismo global ao seu local na atual Divisão Internacional do Trabalho. Fora que, tomar ciência das estratégias burguesa que se desenvolvem via o seguimento educacional com intuito de gerar Consenso, é o primeiro passo para provocar, nas palavras de Aparecida Tiradentes, “a indignação necessária à organização das energias da luta da classe trabalhadora” (SANTOS, 2012, p.8), para assim combatê-las. Contudo, segue-se o referido percurso: análise da materialidade do atual capitalismo; para em seguida explanarmos o modelo de educação que contempla essa superestrutura Neoliberal periférica; e por fim realizarmos o estudo de caso embatendo dialeticamente as empreitadas da Fundação Lemann contra bibliografia crítica a ela, que indagará quais os interesses específicos do bilionário na educação nacional, sobretudo a pública.