Please use this identifier to cite or link to this item: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/22687
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.authorCardoso, Maria Claudia Chantre Costa-
dc.date.accessioned2025-07-21T16:10:21Z-
dc.date.available2025-07-21T16:10:21Z-
dc.date.issued2023-02-27-
dc.identifier.citationCARDOSO, Maria Cláudia Chantre Costa. Crianças negras na escola da elite da zona sul da cidade do Rio de Janeiro: como se dão as relações étnico-raciais? 2023. 93 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação/Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/NovaIguaçu, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttps://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/22687-
dc.description.abstractO presente estudo inicia a partir de questões do universo particular da pesquisadora, mais especificamente pela escuta atenta da voz da filha – uma criança negra, moradora da Zona Sul, aluna na educação infantil em escola privada, localizada no mesmo território de domicílio. A sua voz, já na adolescência, resumiu em certa frase sentimentos, vivências, tomada de consciência e dor. A escuta dessa voz levou a pesquisadora aum tempo passado de construção de sua trajetória, revisitando a própria infância, transitando pelo seu percurso de construção de mulher negra. A voz escutada a transportou para um campo ainda muito hermético em dois sentidos: por quase não ser visitado e por se blindar por si só. Esse campo talvez tenha sido protegido pelo perfil econômico dos estudantes de uma escola tipificada como “de elite” da zona sul do Rio de Janeiro – público foco da pesquisa – que são crianças na faixa etária de 5 a 8 anos. A pesquisa objetiva entender, pelas vozes das crianças negras, se o racismo em uma escola de elite da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro é perceptível ou não para elas. Como indagações estratificadas, propomos identificar se existe racismo no cotidiano escolar por meio da escuta das crianças de uma escola de elite; ouvir as crianças sobre como lidam e sentem-se em relação ao racismo; investigar como a escola de elite trabalha a questão racial no contexto pedagógico/social; analisar os processos identitários e de representatividade de crianças negras num contexto de elite. Inicialmente, trouxemos como proposta metodológica a escuta das crianças por meio de atividades presenciais, customizadas de forma coletiva e colaborativa, dialogando com as propostas já desenvolvidas pelo campo. Nesse contexto, elas, as crianças,são convidadas a participarem de toda a arquitetura da pesquisa como verdadeiramente sujeitos “pesquisantes”. Um dado relevante é que o percurso do estudo foi atravessado pelo estado pandêmico, instaurado pela contaminação acelerada pelo vírus SAR-COVs 2, causador da COVID 19 cuja uma das medidas de tentativa de controle da disseminação do vírus foi o distanciamento social, levando ao fechamento das escolas – fato que deslocou a pesquisa de cunho qualitativo para uma escuta utilizando recursos de mídias, destacando gamificação ou uma “ciberetnografia”, estratégia adotada em consonância com a faixa etária , criada, prototipada, verificada e validada com a participação de crianças externas ao campo. A prototipagem possibilitou uma análise de indicadores importantes para a apresentação, customização e posterior aplicação no campo. Após as tratativas e a organização, o campo se fecha para a pesquisa, instaurando- se um lapso temporal – angustiante para a pesquisadora – que levou a um olhar inicial extramuros do campo desejado. Agora, tendo fechado o caminho, foi levada para a impressionante descoberta de uma escola no mesmo território, com público economicamente privilegiado, com propostas e com uma história que se entrecruza com a sua própria, no que tange a questão materna, a educação e os filhos negros. A pesquisa passou por um redesenho de rota, sem perder a essência da escuta, inserindo as crianças em um formato de observação interativa nos momentos em que estavam no quintal – espaço onde as palavras e as interações se dão naturalmente, propiciando uma percepção muito orgânica. Um quintal onde uma magia orbita ao redor de uma mangueira e seus frutíferos galhos.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiropt_BR
dc.subjectcrianças negraspt_BR
dc.subjectescolas de elitept_BR
dc.subjectracismopt_BR
dc.subjectvozes das criançaspt_BR
dc.subjectblack childrenpt_BR
dc.subjectelite schoolspt_BR
dc.subjectracismpt_BR
dc.subjectchildren’s voicespt_BR
dc.titleCrianças negras na escola da elite da zona sul da cidade do Rio de Janeiro: como se dão as relações étnico-raciais?pt_BR
dc.title.alternativeBlack children at the elite school in the south zone of the city of Rio de Janeiro: how do ethnic-racial relations take place?en
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.abstractOtherThe following research begins through the matters of the particular universe of the researcher, specifically by attentively listening to her daughter - a black child in kindergarten, studying in the south zone of Rio de Janeiro, same area that she lives. Her voice, already as a teenager, summed up in one sentence, feelings, experiences, consciousness and pain. Listening to that voice brought the researcher back into a past time of construction of her trajectory, revisiting her own childhood and her construction as a black woman. The voice heard, transported her to a hermetic field, into two senses: almost not visited and for shielding by itself. Maybe this field has been protected by the economic profile of the students of a school defined as “elite” of the south zone of Rio de Janeiro - target group of the research - that includes kids in the age group that goes from 5 to 8 years old. The research has the goal to understand, through the voices of black children, if the racism at an elite south zone school, in Rio de Janeiro is noticeable or not, in their perspective. We questioned the kids through extracted inquiries that proposed the identification of racism in day to day scholar activities, through listening to children from an elite school; listening to children about how they deal and feel about racism; investigate how an elite school works the racial issue at a social and pedagogical context; analyze the identity and representative processes of black children, in a elite context. At first, we started with a methodological proposal, listening to children through in person activities, customized in a collective and collaborative way, creating a dialog with the proposals already developed by the field. In this context, the children are invited to participate in all of the architecture of the research, like real "researching" beings. A relevant data is that the route of the research crossed paths with the pandemic, through the quick spread of the SAR-COVs 2 virus, that causes COVID-19, and one of the preventive measurements against the virus is social distancing, leading the schools to be closed- fact that transferred the qualitative nature research to a hearing research utilizing media resources, highlighting gamification or "cyber ethnography", strategy taken in consonance with the age group, created, prototyped, verified and validated with the participation of children external of the field. Prototyping allowed an analysis of important indicators to the presentation, customization and after the field application. After the negotiations and the organization, the field closes itself to the research settling in a time lapse - distressful for the researcher - that brought an initial look beyond the walls of the desired field. Now, closing the path, was taken to an incredible discovery of a school in the same area, with economically privileged people, with a story that intercrosses with her in a maternal matter, the education and the black daughters and sons. The research had to be rerouted, without loosing it's essence of listening, inserting the children in an interactive observative format during moments at the backyard - space where words and interactions happen naturally, propitiating an organic perception. A backyard where a magic orbits around a mango tree and it's fruitful branches.en
dc.contributor.advisor1Santos Junior, Renato Nogueira dos-
dc.contributor.advisor1Lattes-pt_BR
dc.contributor.referee1Santos Júnior, Renato Nogueira dos-
dc.contributor.referee2Pereira, Amauri Mendes-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/2005836026921987pt_BR
dc.contributor.referee3Alves, Luciana Pires-
dc.contributor.referee3IDhttps://orcid.org/0000-0002-8470-4966pt_BR
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/1905146156271147pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/1738783099297249pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Educaçãopt_BR
dc.publisher.departmentInstituto Multidisciplinar de Nova Iguaçupt_BR
dc.publisher.initialsUFRRJpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Popularespt_BR
dc.relation.referencesALDERSON, Priscilla. As crianças como pesquisadoras: os efeitos dos direitos de participação sobre a metodologia de pesquisa. Educ. Soc. [online]. 2005, vol.26, n.91, pp.419-442. ALMEIDA, Isaura Florisa. Desigualdades e políticas públicas de habitação no Brasil. 2011. 160f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Ciências Econômicas. Universidade Federal da Bahia,Salvador. 2011. ANGELOU, Maya. Eu sei por que o pássaro canta na gaiola. Tradução de Regiano Winarski. Bauru, SP: Astral Cultural, 2018. 336 p. ARENHART, Deise Culturas infantis e desigualdades sociais: questões de geração eclasse social em duas escolas cariocas. Petrópolis, RJ: Vozes 2016 Bach Jr. Jonas (organizador). A educação Waldorf no século XXI. 148p. Curitiba: Lohengrin, 2019. BARBOSA, Maria Carmen Silveira. A ética na pesquisa etnográfica com crianças: primeiras Problematizações. Práxis Educativa, Ponta Grossa, v. 9, n. 1, p. 235-245, jan./jun.2014.http://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/6389 /3914. Acesso em:23 de setembro de 2020. BOMFOCO, Marco Antônio; AZEVEDO, Victor de Abreu. Os jogos eletrônicos e suas contribuições para a aprendizagem na visão de J. P. Gee. Renote – Novas Tecnologias na Educação – UFRGS, Porto Alegre. V. 10 no 3, 2012 CALDEIRA, Teresa Pires. Enclaves Fortificados: a nova segregação urbana. Tradução: Heloísa Buarque de Almeida. Revista Novos Estudos. v. ?, no. 47, 1997. Rio de Janeiro. p. 155-176. Disponível em: <http://reverbe.net/cidades/wp- content/uploads/2011/08/Enclaves-fortificados_segregacao-urbana.pdf>. Acessado em: 18 Jun. 2020. CAVALLEIRO, Eliane. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: Racismo, preconceito e discriminação na Educação Infantil. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, FE-USP, 1998. CORSARO, W. A. Sociologia da infância. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,384p. 2011 Constituição Federal do Brasil http://www.planalto.gov.br/ Acessado em: 18 Jun. 2020. CRUZ, Tânia Mara Espaço Escolar e Discriminação: Significados de Gênero e Raça Entre Crianças https://doi.org/10.1590/S0102-46982014000100007 consultado em 19/06/2019 DAVIS, Ângela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani.1. ed. SãoPaulo: Boitempo, 2016 ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. http://www.planalto.gov.br/ FERREIRA, Maria Cristina Pereira Paiva. Desigualdades socioespaciais: produção do espaço e da política habitacional de interesse social em Paranimirim/RN. 2013. 184f. Dissertação (Mestrado) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande doNorte, Rio Grande do Norte. 2013. 91 1414 FALK, Judit. Cuidados Pessoais e Prevenção. In: FALK, Judit (org.). Abordagem Pikler: educação infantil. 2 ed. São Paulo, SP: Omnisciência, 2010a. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 23a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. GRAUE, M. Elizabeth. WALSH, Daniel. Investigação Etnográfica com crianças:Teorias, Métodos e Ética. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 2003. GOMES, Nilma Lino Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão” In Educação antirracista: caminhos abertos pela Lei Federal no 10.639/03. _________, Nilma Lino O movimento negro educador: Saberes construídos nas lutas poremancipação. Petrópolis: Vozes, 2017. HERNÁNDEZ, P. Construindo o construtivismo: critérios para sua fundamentação e sua aplicação instrucional. In: RODRIGO, M. J.; ARNA Domínios do conhecimento, prática educativa e formação de professores: a construção do conhecimento escolar. São Paulo, SP: Ática, v.2, 1998 HOAD, T. The Concise Oxford Dictionary of English Etymology. Oxford UniversityPress. 1996. HUGO, Nicolau Barbosa de Gusmão – Mapa Racial da Cidade do Rio de Janeiro https://desigualdadesespaciais.wordpress.com/ Acessado em 21/06/2020. PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1985. KRAMER, Autoria e autorização: questões éticas na pesquisa com crianças. Cad.Pesqui. n.116, pp.41-59. PUC LDB- 9394/96 Lei de Diretrizes de Bases da Educação. http://www.planalto.gov.br/Lei 11.645/08 http://www.planalto.gov.br/ Lei 10.639 http://www.planalto.gov.br/ LGPD- Lei de Geral Proteção de Dados http://www.planalto.gov.br/ MONTESSORI, Maria- O Segredo da Infância. Kírion, 2019. MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 3. ed. Belo Horizonte:Autêntica Editora,2012 NOGUERA, Renato. Ensino de Filosofia e Lei 10639. Rio de Janeiro: Pallas/FundaçãoBiblioteca Nacional, 2014. NOGUERA, R., GUTMAN, C., & FEITOSA, D. (2018). Pintando e desenhandoPinóquio e Kiriku na Escola. Aprender - Caderno De Filosofia EPsicologiaDa Educação,(18). https://doi.org/10.22481/aprender.v0i18.3649 NUNES, Mighian Danae Ferreira. Sociologia da Infância, Raça e Etnografia: intersecções possíveis para o estudo das infâncias brasileiras. Revista Eletrônica de Educação, v. 9, n. 2, p.413-440, 2015. NUNES, Mighian Danae Ferreira. Cadê as crianças negras que estão aqui? O racismo (não)comeu. Latitude, vol. 10, n. 2, 2016. p. 383-423. <https://www.seer.ufal.br/index.php/latitude/article/view/2616>Acessoem 26/11/2020. SANTOS, 92 1414 Neuza Souza. Tornar-se Negro ou as Vicissitudes da Identidade do Negro emAscenção Social. Rio de Janeiro: Ed. Graal, 1983. QVORTRUP, Jens. Nove Teses Sobre a “Infância Como Um Fenômeno Social”. Pro-Posições, Campinas, v. 22, n. 1, jan./abr. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pp/v22n1/15.pdf>. Acesso em:29 jul. 2020. SKÅGBY, J. (2011). Online Ethnographic Methods: Towards a Qualitative Understanding of Virtual Community Practices. Copyright IGI Global. Linköping, Sweden. Disponível em <http://people.su.se/~jsk/resources/Online-Ethnography.pdf> Acesso em 26/11/2020. SARMENTO, Manuel Jacinto; PINTO, Manuel In: SARMENTO, Manuel Jacinto; CERISARA, Ana As culturas da infância nas encruzilhadas da 2a modernidade. SARMENTO, Manuel Jacinto; CERISARA, Ana Beatriz. Crianças e miúdos: perspectivas socio pedagógicas da infância e educação. Porto, Portugal: Edições ASA. SEYFERTH, G., 1995. A invenção da raça e o poder discricionário dos estereótipos. Anuário Antropológico 1993, pp. 175-203. https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6581/7559.pdfAcesso em 26/11/2020. Revista eletrônica https://www.cartacapital.com.br/2019/07/. TRINIDAD, C. T.. Identificação étnico-racial na voz de crianças em espaços de educação infantil.Tese (Doutorado). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Psicologia da Educação. São Paulo, 2011. WERBACH, Kevin; HUNTER, Dan. For The Win: How Game Thinking Can RevolutionizeYour Business. Filadélfia, Pensilvânia: Wharton Digital Press, 2012pt_BR
dc.subject.cnpqEducaçãopt_BR
Appears in Collections:Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares

Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2023 - Maria Claudia Chantre Costa Cardoso.pdf3.98 MBAdobe PDFThumbnail
View/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.