Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/22687| Tipo do documento: | Dissertação |
| Título: | Crianças negras na escola da elite da zona sul da cidade do Rio de Janeiro: como se dão as relações étnico-raciais? |
| Título(s) alternativo(s): | Black children at the elite school in the south zone of the city of Rio de Janeiro: how do ethnic-racial relations take place? |
| Autor(es): | Cardoso, Maria Claudia Chantre Costa |
| Orientador(a): | Santos Junior, Renato Nogueira dos |
| Primeiro membro da banca: | Santos Júnior, Renato Nogueira dos |
| Segundo membro da banca: | Pereira, Amauri Mendes |
| Terceiro membro da banca: | Alves, Luciana Pires |
| Palavras-chave: | crianças negras;escolas de elite;racismo;vozes das crianças;black children;elite schools;racism;children’s voices |
| Área(s) do CNPq: | Educação |
| Idioma: | por |
| Data do documento: | 27-Fev-2023 |
| Editor: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
| Sigla da instituição: | UFRRJ |
| Departamento: | Instituto de Educação Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
| Programa: | Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares |
| Citação: | CARDOSO, Maria Cláudia Chantre Costa. Crianças negras na escola da elite da zona sul da cidade do Rio de Janeiro: como se dão as relações étnico-raciais? 2023. 93 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação/Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/NovaIguaçu, 2023. |
| Resumo: | O presente estudo inicia a partir de questões do universo particular da pesquisadora, mais especificamente pela escuta atenta da voz da filha – uma criança negra, moradora da Zona Sul, aluna na educação infantil em escola privada, localizada no mesmo território de domicílio. A sua voz, já na adolescência, resumiu em certa frase sentimentos, vivências, tomada de consciência e dor. A escuta dessa voz levou a pesquisadora aum tempo passado de construção de sua trajetória, revisitando a própria infância, transitando pelo seu percurso de construção de mulher negra. A voz escutada a transportou para um campo ainda muito hermético em dois sentidos: por quase não ser visitado e por se blindar por si só. Esse campo talvez tenha sido protegido pelo perfil econômico dos estudantes de uma escola tipificada como “de elite” da zona sul do Rio de Janeiro – público foco da pesquisa – que são crianças na faixa etária de 5 a 8 anos. A pesquisa objetiva entender, pelas vozes das crianças negras, se o racismo em uma escola de elite da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro é perceptível ou não para elas. Como indagações estratificadas, propomos identificar se existe racismo no cotidiano escolar por meio da escuta das crianças de uma escola de elite; ouvir as crianças sobre como lidam e sentem-se em relação ao racismo; investigar como a escola de elite trabalha a questão racial no contexto pedagógico/social; analisar os processos identitários e de representatividade de crianças negras num contexto de elite. Inicialmente, trouxemos como proposta metodológica a escuta das crianças por meio de atividades presenciais, customizadas de forma coletiva e colaborativa, dialogando com as propostas já desenvolvidas pelo campo. Nesse contexto, elas, as crianças,são convidadas a participarem de toda a arquitetura da pesquisa como verdadeiramente sujeitos “pesquisantes”. Um dado relevante é que o percurso do estudo foi atravessado pelo estado pandêmico, instaurado pela contaminação acelerada pelo vírus SAR-COVs 2, causador da COVID 19 cuja uma das medidas de tentativa de controle da disseminação do vírus foi o distanciamento social, levando ao fechamento das escolas – fato que deslocou a pesquisa de cunho qualitativo para uma escuta utilizando recursos de mídias, destacando gamificação ou uma “ciberetnografia”, estratégia adotada em consonância com a faixa etária , criada, prototipada, verificada e validada com a participação de crianças externas ao campo. A prototipagem possibilitou uma análise de indicadores importantes para a apresentação, customização e posterior aplicação no campo. Após as tratativas e a organização, o campo se fecha para a pesquisa, instaurando- se um lapso temporal – angustiante para a pesquisadora – que levou a um olhar inicial extramuros do campo desejado. Agora, tendo fechado o caminho, foi levada para a impressionante descoberta de uma escola no mesmo território, com público economicamente privilegiado, com propostas e com uma história que se entrecruza com a sua própria, no que tange a questão materna, a educação e os filhos negros. A pesquisa passou por um redesenho de rota, sem perder a essência da escuta, inserindo as crianças em um formato de observação interativa nos momentos em que estavam no quintal – espaço onde as palavras e as interações se dão naturalmente, propiciando uma percepção muito orgânica. Um quintal onde uma magia orbita ao redor de uma mangueira e seus frutíferos galhos. |
| Abstract: | The following research begins through the matters of the particular universe of the researcher, specifically by attentively listening to her daughter - a black child in kindergarten, studying in the south zone of Rio de Janeiro, same area that she lives. Her voice, already as a teenager, summed up in one sentence, feelings, experiences, consciousness and pain. Listening to that voice brought the researcher back into a past time of construction of her trajectory, revisiting her own childhood and her construction as a black woman. The voice heard, transported her to a hermetic field, into two senses: almost not visited and for shielding by itself. Maybe this field has been protected by the economic profile of the students of a school defined as “elite” of the south zone of Rio de Janeiro - target group of the research - that includes kids in the age group that goes from 5 to 8 years old. The research has the goal to understand, through the voices of black children, if the racism at an elite south zone school, in Rio de Janeiro is noticeable or not, in their perspective. We questioned the kids through extracted inquiries that proposed the identification of racism in day to day scholar activities, through listening to children from an elite school; listening to children about how they deal and feel about racism; investigate how an elite school works the racial issue at a social and pedagogical context; analyze the identity and representative processes of black children, in a elite context. At first, we started with a methodological proposal, listening to children through in person activities, customized in a collective and collaborative way, creating a dialog with the proposals already developed by the field. In this context, the children are invited to participate in all of the architecture of the research, like real "researching" beings. A relevant data is that the route of the research crossed paths with the pandemic, through the quick spread of the SAR-COVs 2 virus, that causes COVID-19, and one of the preventive measurements against the virus is social distancing, leading the schools to be closed- fact that transferred the qualitative nature research to a hearing research utilizing media resources, highlighting gamification or "cyber ethnography", strategy taken in consonance with the age group, created, prototyped, verified and validated with the participation of children external of the field. Prototyping allowed an analysis of important indicators to the presentation, customization and after the field application. After the negotiations and the organization, the field closes itself to the research settling in a time lapse - distressful for the researcher - that brought an initial look beyond the walls of the desired field. Now, closing the path, was taken to an incredible discovery of a school in the same area, with economically privileged people, with a story that intercrosses with her in a maternal matter, the education and the black daughters and sons. The research had to be rerouted, without loosing it's essence of listening, inserting the children in an interactive observative format during moments at the backyard - space where words and interactions happen naturally, propitiating an organic perception. A backyard where a magic orbits around a mango tree and it's fruitful branches. |
| URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/22687 |
| Aparece nas coleções: | Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares |
Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!
Arquivos associados a este item:
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| 2023 - Maria Claudia Chantre Costa Cardoso.pdf | 3.98 MB | Adobe PDF | ![]() Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.
