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Tipo do documento: Dissertação
Title: Ecos do nilo: o pan-africanismo e a herança do Egito faraônico no universo simbólico judaico cristão da literatura afrocêntrica do século XX.
Other Titles: Echoes of the nile: pan-fricanism and the legacy of pharaonic egypt in the jewish-christian symbolic universe of 20th-century afrocentric literature.
Authors: Sales, Gabriel Vieira
Orientador(a): Caldas, Marcos José de Araújo
Primeiro membro da banca: Caldas, Marcos José de Araújo
Segundo membro da banca: Alvarenga, Ana Gabriela Saba de
Terceiro membro da banca: Daniel, Camila
Quarto membro da banca: Ferreira, Frederico Antonio
Keywords: antigo egito;pan-africanismo;présence africaine;pan-africanism;ancient egypt;
Área(s) do CNPq: História
História
Idioma: por
Issue Date: 2-Jun-2025
Publisher: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Programa: Programa de Pós-Graduação em História
Citation: SALES, Gabriel Vieira. Ecos do Nilo: pan-africanismo e a herança do Egito Faraônico no universo simbólico judaico-cristão (1947-1999). 2025. 170 f. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2025.
Abstract: Esta pesquisa tem por objetivo analisar o tema das contribuições do Egito Antigo para o mundo moderno, em especial as de natureza religiosa. A partir de 1955, as teses e a publicação do livro The African Origin of Civilization: Myth or Reality, do historiador, filósofo, linguista e físico senegalês, Cheikh Anta Diop, influenciaram diversos autores africanos - que mais tarde serão chamados ou se autointitularão como pan-africanistas, egitocêntricos, afrocêntricos ou vindicacionistas -, defendendo que o Egito Faraônico era uma nação negra e que disseminou seu imaginário religioso, como um farol, por todo o mundo antigo. As ideias de Diop criaram novo paradigma entre os intelectuais pan- africanos do pós-guerra, conhecido como pensamento diopiano, e continua sendo até hoje uma das principais linhas de pensamento estudadas pelos historiadores que pensam as contribuições do Egito Faraônico para o restante do mundo, assim como a sua origem racial e as suas relações com o restante da África. Um dos temas que ganhou grande interesse de historiadores, como Diop e seus sucessores, e justamente aquele que se pretende analisar aqui é o da origem dos costumes, símbolos e preceitos religiosos do universo judaico-cristão. Buscarei demonstrar que esse tema é particularmente especial ao pensamento dos historiadores analisados, pois está ligado a uma cadeia de relações particularmente importantes a tal pensamento, devido à forma como o mundo ocidental, principalmente desde o século XIX, debateu questões relativas à legitimidade cultural, científica e intelectual dos povos africanos. Concluímos que as questões relativas à origem do universo simbólico judaico-cristão despertam o interesse de historiadores, como Diop e seus sucessores, pois estes entendiam que, na sociedade em que viviam, a possibilidade de ser compreendido como a origem do universo simbólico judaico-cristão poderia significar ter um local de fala privilegiado e capaz de privilegiar.
Abstract: This research analyzes the contributions of Ancient Egypt to the modern world, with a particular focus on its religious influence. Beginning in 1955, with the publication of The African Origin of Civilization: Myth or Reality by Senegalese historian, philosopher, linguist, and physicist Cheikh Anta Diop, various African intellectuals—later identified as Pan-Africanists, Egyptocentrists, Afrocentrists, or Vindicationists—began to argue that Pharaonic Egypt was a Black civilization that profoundly shaped the religious imagination of the ancient world. Diop’s theses inaugurated a new paradigm within post-war Pan-African thought, giving rise to what became known as Diopian thought. To this day, this paradigm remains central to historians studying the contributions of Pharaonic Egypt to other civilizations, its racial origins, and its relationships with the rest of the African continent. Among the topics that most captivated Diop and his successors is the relationship between Egypt and the Judeo-Christian symbolic universe. This research demonstrates that this interest extends beyond a mere search for historical connections; it reflects a broader epistemological dispute. Since the 19th century, the cultural, scientific, and intellectual legitimacy of African peoples has been a recurring theme in Western thought. Within this context, the claim that Egypt served as the matrix of the Judeo-Christian religious imagination represents, for Pan-African intellectuals, a means of repositioning Africa within universal history, granting it a central status and a privileged voice.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/22808
Appears in Collections:Mestrado em História

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