Templo do vale do sol e da lua: dinâmicas espaciais na construção de uma autonomia para suas práticas ritualísticas

Abstract

O aumento de casos de intolerância religiosa direcionada aos terreiros de matriz africana e a visibilidade que essas religiões alcançaram nas redes sociais, onde se debate história, prática e fundamentos, direcionou um olhar geográfico para o meu próprio espaço de prática religiosa: o terreiro de Umbanda Templo do Vale do Sol e da Lua. Para se compreender um terreiro é preciso também conhecer a história das religiões de matriz africana e a importância dos espaços, público e privado, para essas religiões. Essa dissertação analisa como as dinâmicas espaciais do TVSL, através dos seus trinta e seis anos de existência, o levou a conquistar uma autonomia ritualística. Nesse sentido, esse estudo traz contribuições para a religião, para o exercício da cidadania e para a própria Geografia enquanto disciplina/campo acadêmico.