Please use this identifier to cite or link to this item: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/23299
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.authorRamos, Lucas dos Santos-
dc.date.accessioned2025-09-26T17:59:20Z-
dc.date.available2025-09-26T17:59:20Z-
dc.date.issued2025-04-25-
dc.identifier.citationRAMOS, Lucas dos Santos. Numa margem não tao distante: O Estado e as milícias na comunidade do Azul Vermelho. 2025. 91 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2025.pt_BR
dc.identifier.urihttps://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/23299-
dc.description.abstractA análise das dinâmicas observadas na comunidade Azul Vermelho revela que o fenômeno das milícias no Rio de Janeiro não pode ser compreendido de forma homogênea ou desvinculada do próprio Estado. A partir de uma abordagem etnográfica situada, observou-se como, após a morte de Ecko em 2021, as disputas territoriais e as alianças entre diferentes grupos criminosos intensificaram-se, resultando em uma configuração híbrida, onde práticas tradicionalmente atri- buídas ao tráfico de drogas passaram a coexistir com o domínio miliciano. Este trabalho identi- fica que as milícias, em sua fase 3.0, operam em uma zona cinzenta entre legalidade e ilegali- dade, articulando-se tanto com agentes estatais quanto com facções criminosas para ampliar seu poder econômico e político.A dissertação busca demonstrar como essas organizações crimi- nais transcendem a lógica da mera coerção local, influenciando diretamente o ordenamento territorial, as práticas econômicas e até as eleições, revelando uma forma de governança crimi- nal consolidada. Através do diálogo com autores como Lessing, Das & Poole e Palermo, eviden- ciou-se que a presença estatal, longe de neutralizar as milícias, acaba por legitimar e reproduzir suas práticas, ampliando as margens da violência e da informalidade. O estudo, ao unir obser- vação participante, notas de campo e análise teórica, oferece uma contribuição para a compre- ensão das intersecções entre Estado, violência e criminalidade no Rio de Janeiro contemporâ- neopt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiropt_BR
dc.subjectMilícias; Governança Criminalpt_BR
dc.subjectViolênciapt_BR
dc.subjectEtnografiapt_BR
dc.subjectEstadopt_BR
dc.subjectMilitiaspt_BR
dc.subjectCriminal Governancept_BR
dc.subjectViolencept_BR
dc.subjectEthnographypt_BR
dc.subjectStatept_BR
dc.titleNuma margem não tão distante: O Estado e as milícias na comunidade do Azul Vermelhopt_BR
dc.title.alternativeOn a Not-So-Distant Margin: The State and Militias in the Azul Vermelho Communityen
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.description.abstractOtherThe analysis of the dynamics observed in the Azul Vermelho community reveals that the phe- nomenon of militias in Rio de Janeiro cannot be understood in a homogeneous manner or de- tached from the State itself. Through a situated ethnographic approach, it was observed how, after the death of Ecko in 2021, territorial disputes and alliances between different criminal groups intensified, resulting in a hybrid configuration where practices traditionally associated with drug trafficking began to coexist with militia dominance. This work identifies that militias, in their 3.0 phase, operate in a grey zone between legality and illegality, articulating with both state agents and criminal factions to expand their economic and political power. The dissertation seeks to demonstrate how these criminal organizations transcend the logic of mere local coer- cion, directly influencing territorial order, economic practices, and even elections, revealing a consolidated form of criminal governance. Through dialogue with authors such as Lessing, Das & Poole, and Palermo, it is shown that the presence of the state, far from neutralizing militias, ends up legitimizing and reproducing their practices, expanding the margins of violence and in- formality. By combining participant observation, interviews, and theoretical analysis, the study offers a contribution to understanding the intersections between State, violence, and criminality in contemporary Rio de Janeiroen
dc.contributor.advisor1Freitas, Francisco Josué Medeiros de-
dc.contributor.advisor1IDhttps://orcid.org/0000-0002-6421-9170pt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4911372151960584pt_BR
dc.contributor.referee1Freitas, Francisco Josué Medeiros de-
dc.contributor.referee1IDhttps://orcid.org/0000-0002-6421-9170pt_BR
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4911372151960584pt_BR
dc.contributor.referee2Hirata, Daniel Veloso-
dc.contributor.referee2IDhttps://orcid.org/0000-0001-5219-8838pt_BR
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/4886588496142072pt_BR
dc.contributor.referee3Rinaldi, Alessandra de Andrade-
dc.contributor.referee3IDhttps://orcid.org/0000-0002-3805-0578pt_BR
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/8189275262268204pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/7383483857595223pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Ciências Humanas e Sociaispt_BR
dc.publisher.initialsUFRRJpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Sociaispt_BR
dc.relation.references1 ALVES, José Cláudio Souza. Dos barões ao extermínio: Uma história da violência na Baixada Fluminense Rio de Janeiro. Consequência, 2020. 88 2 ALVES, José Cláudio. Milícias: Mudanças na economia política do crime no Rio de Janeiro. Em: JUSTIÇA GLOBAL (org). Segurança, tráfico e milícia no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. Fundação Heinrich Böll, 2008 3 BRAMA, Leonardo. As diversas milícias do Rio de Janeiro entre expansões práti- cas e semânticas. Dissertação de (Mestrado em Sociologia) –. Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019. 4 BURGOS, Marcelo. Cidadania, favela e milícia: as lições de Rio das Pedras. Blog do Omar, Brasil, 26 jun. 2008. Disponível em: https://doomar.blogspot.com/2008/06/ci- dadania-favela-e-milcia-as-lies-de.html Acesso em: 25/02/2024 5 CANO, I, D. BORGES, E. RIBEIRO. Os donos do morro: uma avaliação explora- tória das unidades de polícia pacificadora (UPP) no Rio de Janeiro: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, São Paulo, 2012 6 CANO, Ignacio [e] DUARTE, Thais. ‘No sapatinho’: A evolução das milícias no Rio de Janeiro (2008-2011). Rio de Janeiro, LAV/Fundação Heinrich Böll. 2012 7 CIOCCARI, Marta. Reflexões de uma antropóloga "andarina" sobre a etnografia numa comunidade de mineiros de carvão. 2009. Disponível em: https://www.sci- elo.br/j/ha/a/rDDn9qrVb9ZcN98bsfZWdrj/?lang=pt 8 CLIFFORD, James Writing Culture: The Poetics and Politics of Ethnography. Ber- keley: University of California Press, 1986. 9 DA MOTTA, Jonathan. A experiência do Jardim Batan: Regime de incerteza no pós-pacificação. 2020. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Universidade Fe- deral Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2020. 10 DA MOTTA, Jonathan. As múltiplas faces da milícia Liga da Justiça: Reorienta- ção moral e deslocamento político na Zona Oeste do Rio de Janeiro Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil. Dilemas. 2024. Disponível em: https://or- cid.org/0000-0002-5271-0106 89 11 DAS, Veena. Vida e Palavras A Violência e sua Descida ao Ordinário São Paulo: Editora da Unifesp. 2020. 12 DAS, Veena & POOLE, Deborah (eds). Anthropology in the Margins of the State Santa Fé/Délhi: SAR Press/Oxford University Press. 2004. 13 FONSECA, Tiago. No ventre da fera: milicias, Estado e Sistema de Justiça, RJ, (Doutorado em Sociologia Política) – Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF. 2023 14 FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala, 50a edição.Global Editora. Companhia das Le- tras, 2004. 15 FUENTES DIAZ, Antonio, SOUZA Alves. Michoacán e Rio de Janeiro: Gover- nança criminal, controle social e obtenção de lucro e poder político pelas autodefe- sas armadas e pelas milícias. 2022 16 Geertz, Clifford, 1926-. A interpretação das culturas / Clifford Geertz. - l.ed., IS.reimpr. - Rio de Janeiro : LTC, 2008. 17 HIRATA, D. e Grillo, C. Sumário Executivo: Operações Policiais no Rio de Ja- neiro. Rio de Janeiro. Fundação Heinrich Böll Brasil. 2019. Disponível em: https://br.boell.org/pt-br/2019/12/21/operacoes-policiais-no-rio-de-janeiro 18 HIRATA, D., Grillo, C. y Dirk, R. 2020. Operações policiais e ocorrências crimi- nais: Por um debate público qualificado. Dilemas, sessão excepcional “Reflexões na pandemia”. Disponível em: https://www.reflexpandemia.org/texto-57 19 HIRATA et al. A expansão das milícias no Rio de Janeiro: uso da força estatal, mer- cado imobiliário e grupos armados. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll Brasil. 2021. Disponível em: https://br.boell.org/sites/default/files/2021-04/boll_expan- sao_milicias_rJ_fi- nal.pdf 20 KNIGHT, Alan. Narco-v–Violence and the State in Modern Mexico. In: PANS- TERS, G. 21 KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. Apple Books, 2018. 22 LESSING, B.. Conceptualizing Criminal Governance. Perspectives on Politics, vol. 19, n. 3, pp. 854-873, 2020.. . Disponível em: doi:10.1017/S1537592720001243 23 MBEMBE, Achille. Necropolítica: Biopoder, soberania, estado de exceção, polí- tica da morte. / traduzido por Renata Santini. – São Paulo: N-1 edições, 2018. 90 24 ORLANDO, Alves dos Santos Junior, Filipe Souza Corrêa, Juciano Martins Rodri- gues. Artigo: Voto e milícia nas eleições de 2022. Disponível em: https://www.obser- vatoriodasmetropoles.net.br/voto-e-milicia-as-eleicoes-de-2022-na-regiao-metropoli- tana-do-rio-de-janeiro/ 25 PALERMO, Luis Claudio. Artigo: Notas sobre o poder de agência dos atores sociais em Anthropology in the margins of the state. Portal de publicações eletrônicas da UERJ, 2015 26 POLLAK, M. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, n. 3, 1989. 27 RADCLIFFE-BROWN, A.R. Estrutura e função na sociedade primitiva. Petrópo- lis: Vozes. 1973 28 RAMOS, Arthur. O negro brasileiro. Rio de Janeiro: Graphia, 2001. 29 RUI, Taniele, Corpos abjetos: etnografia em cenários de uso e comércio de crack - Campinas, SP. 2012. 30 BENJAMIM, Walter. Obras escolhidas. Vol. 1. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987 31 VELHO, Gilberto. Observando o Familiar. In: NUNES, Edson de Oliveira. A Aventura Socioló- gica, Rio de Janeiro, Zahar, 1978, p. 121/132. Agradeço os comentário e sugestões de Roberto Da Matta e Eduardo Viveiros d 32 https://josemeiredias.wordpress.com/wp-content/uploads/2018/09/texto-01-obser- vando-o-familiar-gilberto-velho1.pdf 33 WERNECK, Alexandre. O ornitorrinco de criminalização: A construção social moral do miliciano a partir dos personagens da ‘violência urbana’ do Rio de Ja- neiro. DILEMAS: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social -Vol. 8 - no 3 - JUL/AGO/SET 2015. Disponível em: http://necvu.com.br/wp-content/uplo- ads/2020/11/WERNECK-2015-O-ornitorrinco-de-criminalizacao-DILEMAS-8-3.pdfpt_BR
dc.subject.cnpqSociologiapt_BR
Appears in Collections:Mestrado em Ciências Sociais

Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
LUCAS DOS SANTOS RAMOS.pdf1.02 MBAdobe PDFThumbnail
View/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.