Termitofauna associada a espécies arbóreas em área de reserva, localizada na Ilha do Catalão, no município do Rio de Janeiro, RJ

Abstract

Nas áreas urbanas do sudeste brasileiro, os cupins pragas são na maioria exóticos, mas espécies nativas vêm assumindo importância crescente. O objetivo do presente trabalho foi identificar as espécies de cupins associadas a árvores, na área de reserva da Ilha do Catalão, no município do Rio de Janeiro, RJ. Para isso, foram sorteadas aleatoriamente 62 linhas de plantio de árvores localizadas nessa área. Nestas linhas foi percorrido um trajeto de 100 m, também escolhido aleatoriamente, e durante esse percurso todas as árvores foram inspecionadas para verificar a ocorrência de cupins. Os cupins encontrados foram coletados, preservados em álcool 70% para posterior identificação. A ocorrência de térmitas foi registrada em todas as linhas de plantio amostradas (n=62). Do total de 344 árvores inspecionadas, 83% estavam infestadas por cupins, sendo identificadas quatro espécies distribuídas em duas famílias: três espécies nativas de Termitidae (Nasutitermes corniger Motschulsky, Microcerotermes strunckii Soerensen e uma espécie ainda não identificada do gênero Nasutitermes Dudley: Nasutitermes sp1.) e uma espécie exótica de Rhinotermitidae (Coptotermes gestroi Wasmann). A espécie mais frequente foi N. corniger (χ2 =82,04; g.l.=3; p<0,001), ocorrendo em 73% das árvores infestadas, seguida por Nasutitermes sp1. (9% das árvores infestadas). As espécies de térmitas menos encontradas nas árvores infestadas foram C. gestroi (2%) e M. strunckii (1%). Portanto, as árvores da área de reserva da Ilha do Catalão são infestadas por térmitas nativos e exóticos, no entanto, o térmita nativo N. corniger é predominante.