Biossólidos e polímero hidroretentor na produção de orelha-de-negro em tubetes

Abstract

Objetivou-se avaliar biossólidos de diferentes estações de tratamentos de esgoto (ETEs) como substrato para produção de mudas de orelha-de-negro em tubetes, e o efeito de quatro doses crescentes de polímero hidroretentor (0, 250, 500 e 1000 g m-3 de substrato) misturados ao substrato em duas lâminas de irrigação (5 e 10 mm). O experimento foi conduzido no viveiro da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, formulando-se três substratos: ALE (100% biossólido ETE Alegria), ILHA (100% biossólido ETE Ilha do Governador) e SC (50% substrato comercial + 50% pó de coco). Casualizaram-se cinco repetições de 8 mudas para cada substrato. A mensuração da altura da parte aérea ocorreu entre 40-120 dias, e a do diâmetro de coleto ocorreu entre 60-120 dias, porém, utilizou-se apenas a medição de 120 dias nas análises. A massa de matéria seca da parte aérea, do sistema radicular e do total foram realizadas aos 120 dias após a semeadura. Com base nos parâmetros morfológicos calculou-se o índice de qualidade de Dickson. O biossólido ALE, por apresentar maior teor de nutrientes apresentou mudas com desenvolvimento e qualidade superior ao ILHA e SC. O biossólido ILHA apresentou qualidade igual ou superior ao SC. Os dois biossólidos não receberam fertilização mineral. A poliacrilamida catiônica presente no biossólido ALE não reduziu o desenvolvimento e a qualidade das mudas. A adição do polímero hidroretentor ao substrato não proporcionou maior crescimento e qualidade das mudas nas doses testadas nas duas lâminas de irrigação. As mudas produzidas na lâmina de irrigação de 10 mm obtiveram de forma geral, maior crescimento e qualidade.