Estrutura populacional de Inga maritima Benth. (Fabaceae) em áreas transplantadas e remanescentes de restinga no Campo Olímpico de Golfe da Barra da Tijuca – RJ

Abstract

Atualmente a questão da preservação ambiental vem ganhando bastante força no cenário nacional e internacional, através da criação de leis, decretos, ONG’ s e, também, com a realização de convenções e pesquisas que ajudam na redução dos desmatamentos e impactos ambientais que são gerados por conta do avanço antrópico. Este assunto tem um apelo ainda maior quando a área a ser recuperada pelas ações humanas é o bioma da Mata Atlântica e de ecossistema de restinga, o qual tem imensa biodiversidade mas que vê sofrendo com o crescente aumento da população no litoral, ameaçando espécies da flora e fauna que são restritos a essas regiões arenosas costeiras. Logo, metodologias de conservação passaram a ser desenvolvidas visando uma melhor recuperação destas áreas para que espécies nativas e endêmicas possam se perpetuar. Fato que ocorre com a espécie Inga maritima, alvo do estudo, que nos dias atuais consta como “vulnerável” tanto na lista vermelha de espécies ameaçadas do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora) quanto na lista vermelha da International Union for Conservation of Nature (IUCN). No Campo de Golfe Olímpico localizado na Barra da Tijuca/RJ, ocorreu a introdução da técnica de conservação através de transplantios de espécies nativas de restinga para suprir as demandas dos jogos olímpicos Rio2016. O objetivo desse estudo foi avaliar o sucesso ou não da utilização da técnica de transplantio como forma de conservação de espécies nativas de Mata Atlântica, especificamente da população de Inga maritima. Para tal, foram comparadas a densidade e a estrutura de tamanho entre áreas transplantadas e remanescentes, buscando avaliar se essas áreas que receberam essa reintrodução de espécies iriam apresentar uma estrutura de população semelhantes as áreas naturais. Constatou-se que tanto a densidade quanto a estrutura de tamanho da população de Inga maritima entre as áreas de transplantio e remanescentes (naturais) não diferem entre si, apontando que a técnica de transplantio ocorreu de forma satisfatória no que se refere a reproduzir a densidade a estrutura de tamanho da população original da espécie Inga maritima.