Morfometria e valoração monetária das espécies Moquilea tomentosa Benth. e Cenostigma pluviosum (DC.) Gagnon & G.P.Lewis ocorrentes na arborização da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Abstract

Os benefícios socioambientais e econômicos gerados a partir da arborização urbana possuem valor imensurável para a sociedade, no entanto a valoração monetária é uma ferramenta econômica que vêm sendo estudada como forma de transformar variáveis qualitativas em quantitativas, a fim de fortalecer as políticas de manejo mais adequadas nas vias das cidades. A morfometria também vem como uma importante ferramenta na manutenção e tomada de decisão quanto às árvores urbanas. O presente trabalho tem como objetivo indicar o valor monetário individual das árvores de maior ocorrência no campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, no município de Seropédica – RJ, espécies Moquilea tomentosa Benth. e Cenostigma pluviosa (DC.) Gagnon & G.P.Lewis, além de avaliar a proporcionalidade dendrométrica de cada indivíduo, utilizando o método de índices morfométricos, comparando as espécies trabalhadas, e finalmente, indicar as áreas de maior valor e aquelas que necessitam de manutenção. O método de valoração aplicado foi à fórmula, em que equações dos valores referentes às avaliações do entorno, da condição do indivíduo, espécie, biometria, importância, e o custo de plantio, de cada árvore resultam em um valor monetário da mesma. Já a análise morfométrica baseia-se em cinco índices, em que cada um é relacionado a uma razão entre variáveis dendrométricas de fácil obtenção. Os resultados apontaram que as árvores de Cenostigma pluviosum com 49 indivíduos e Moquilea tomentosa com 86 indivíduos, resultaram em que a soma dos valores individuais de R$ 293.145,34, sendo o oiti equivalente à R$ 192.568,86 e a sibipiruna R$ 100.576,48. Sendo destacado a inferioridades dos valores referentes à espécie de Cenostigma pluviosa visto a avaliação pontual de um grupo de indivíduos que mostrou a necessidade de manutenção, entre outros parâmetros. Ademais, com analise morfométrica foi possível reafirmar o que já havia sido comprovado, uma vez que a variação dos resultados dos índices alerta para necessidade de tratos silviculturais. Conclui-se que a espécie com a menor soma de valor individual também possui a maior variabilidade quanto aos índices morfométricos, o que pode ser consequência da qualidade de manejo sofrida pela espécie, assim como a área de maior valor monetário é aquela em que há grande concentração das espécies de Moquilea tomentosa, que estão sob melhor estado, sem muita necessidade de intervenções.