Relações de índices de vegetação com padrões estruturais na Floresta Amazônica Oriental

Abstract

O sensoriamento remoto tem sido uma das principais ferramentas na análise e monitoramento da superfície, além de permitir entender o comportamento biofísico da vegetação que pode auxiliar no manejo florestal. Neste estudo, foram utilizados oito índices de vegetação (NDVI, SAVI, RVI, EVI, TVI, GNDVI, RDVI e OSAVI) cujos valores foram correlacionados com o Diâmetro à Altura do Peito (DAP), a partir do inventário de espécies arbóreas na Floresta Estadual do Paru, no estado do Pará (PA). Os dados foram separados em classes de diâmetro, os quais foram correlacionados com os valores de índice de vegetação obtidos. A média, desvio padrão, coeficiente de variação e correlação de Pearson foram calculados para cada índice. O teste de Shapiro-Wilk também foi realizado para verificar a normalidade dos dados e o teste de Kruskal-Wallis para análise de médias. Todos os índices obtiveram diferença estatística entre as classes inferiores e superiores, apesar de uma variação de 8,69% entre os coeficientes de variação (CV%) dos índices GNDVI (10,51%) e NDVI (1,71%), de maior e menor dispersão, respectivamente. Os índices em sua totalidade apresentaram boas correlações com o DAP, com comportamentos semelhantes. O maior valor de correlação foi o GNDVI (92,20%), categorizado como muito forte, sendo o menor valor referente ao NDVI / RVI (88,73%), apesar dos obstáculos, como a sobreposição de copas em classes mais baixas, no comportamento da resposta espectral do dossel. O GNDVI demonstrou maior sensibilidade às características das camadas inferiores do dossel, expressando valores mais próximos do esperado nas classes mais baixas, onde ocorre o fenômeno de sobreposição de copas, obtendo maiores valores de correlação com o DAP.