Potencial fitoquímico de espécies vegetais nativas da Mata Atlântica provenientes de restauração ecológica

Abstract

A Mata Atlântica é um dos mais complexos e mais importantes ecossistemas entre os biomas brasileiros, pois abriga parcela significativa da diversidade biológica do Brasil e do mundo. Com o processo de desmatamento e de fragmentação sofrido ao longo dos anos por esse bioma, busca-se cada vez mais a implantação de projetos de restauração florestal a fim de minimizar esses processos degradatórios. Esses projetos possuem como principal dificuldade os altos custos atrelados ao processo, assim faz-se necessário alternativas para torná-lo economicamente viável, a partir do uso de seus múltiplos produtos. O presente trabalho teve por objetivo realizar um levantamento fitoquímico, por revisão bibliográfica, das espécies nativas da Mata Atlântica indicadas para restauração florestal. No levantamento foram estudadas 14 espécies vegetais utilizadas na restauração ecológica a fim de conhecer as principais classes de metabólitos das mesmas. A escolha das espécies baseou-se se em seus respectivos potenciais silviculturais e indicação para restauração. A partir da análise dos estudos sobre essas espécies observou-se notória expressividade nos estudos fitoquímicos desenvolvidos sobre as espécies Erythrina mulungu, Myroxylon peruiferum e Schinus terebinthifolius. Porém, as demais apresentaram poucos estudos específicos em relação a sua constituição química, sem nenhuma provável utilidade no que se refere à medicina popular ou tradicional.