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Tipo do documento: Tese
Title: Estudo de alguns aspectos do desenvolvimento biológico e do comportamento, em laboratório, de Stomoxys calcitrans (Linnaeus,1758) (Diptera: muscidae)
Authors: Mello, Rubens Pinto de
Orientador(a): Lopes, Hugo de Souza
Keywords: Medicina Veterinária
Área(s) do CNPq: Medicina Veterinária
Idioma: por
Issue Date: 2-Jan-1989
Publisher: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Citation: MELLO, Rubens Pinto de. Estudo de alguns aspectos do desenvolvimento biológico e do comportamento, em laboratório, de Stomoxys calcitrans (Linnaeus, 1758) (Diptera: Muscidae). 1989. 122 f. Tese (Doutorado em Ciências Veterinárias) - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 1989.
Abstract: Partindo de adultos capturados na Estação para Pesquisas Parasitológicas W.O. Neitz, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, foi estabelecida uma colônia de Stomoxys calcitrans e feitas observações sobre alguns eventos biológicos da espécie, sob três diferentes condições ambiente (18°C, 27°C e 70-80% de umidade relativa constantes e em condições variá- veis). Inicialmente, em condições de temperatura de 27°C e umidade relativa de 70-80%, uma fêmea e dois machos foram isolados em gaiolas individuais para observações de alguns parâmetros biológicos, tais como: número de fêmeas que chegam a efetuar postura, número real de ovos por fêmea, periodicidade da postura e longevidade das fêmeas. Depois de quatro tentativas, usando 6 fêmeas na primeira e na segunda, 7 na terceira e 8 na quarta, de um total de 27 fêmeas isoladas, apenas 10(37%) fizeram postura; o número total de ovos foi de 2.254, tendo sido 83,4 a média por fêmea; as fê- XV. meas tiveram um período de postura que variou de 3 a 17 dias; o número de posturas variou de um a até 7; os intervalos entre as posturas, também, variaram, tendo um ritmo de postura entre menos de 24 horas até 6 dias. Foi verificado que nas condições constantes de 18°C e 70-80% de umidade relativa, houve um retardo no desenvolvimento de todas as fases da vida do inseto, culminando com a mortalidade de todas as larvas, quando estas foram provenientes de posturas oriundas de fêmeas mantidas nas mesmas condições. Estas condições, mostraram-se, portanto, impróprias para o desenvolvimento da S. calcitrans. Nas condições de 27°C e 70-80% de umidade relativa, também mantidas constantes, foi observada uma alta produtivida de das fêmeas, um ótimo desempenho biológico, em relação aos desenvolvimentos larval e pupal, bem como em relação à longevidade. Nas condições de temperatura e umidade relativa variá- veis, o comportamento do inseto apresentou algumas alterações em relação às condições anteriormente referidas; quando estas variações ocorreram bruscamente os efeitos negativos foram marcantes, sobretudo quando esta ocorreu no sentido de elevação da temperatura, provocando alta mortalidade. Quando esta varia- ção ocorreu no sentido da diminuição de temperatura, a produtividade da colônia foi reduzida, sem entretanto, provocar mortalidade elevada, aumentando, pelo contrário, a longevidade. Experiências com fêmeas de S. calcitrans alimentadas xvi. com sangue de diferentes hospedeiros (bovinos, ovinos, suínos e eqüinos) mostraram um efeito marcante sobre a sua atividade reprodutiva. O sangue de suíno demonstrou ser o mais eficiente em termos de produção de ovos, seguido pelo de bovinos, ovinos e, finalmente eqüinos. Esta diferença não pode ser atribuída à quantidade de sangue, uma vez que o maior volume foi ingerido pelas moscas alimentadas com sangue de ovinos.
Abstract: A colony of Stomoxys calcitrans (L.) was established at the W.O. Neitz Parasitology Research Station, Federal Rural University of Rio de Janeiro, starting with adults caught as the Station. Observations on the biology of this species were carried out in three different environments: at 18°C or 27°C with RH% of 70-80% (constant conditions), or under variable conditions. Initially, at 27°C and with RH at 70-80%, one female and two males were kept together in cages for observations on the following parameters: number of females actually laying eggs, the number of eggs per female, the periodicity of oviposition and the longevity of the females. After four attempts (6 females at the first and second, 7 at the third and 8 at the fourth), of a total of 27 females only 10 (37%) oviposited, producing a total of 2,254 eggs, with a mean of 83.4 eggs/female. Eggs were laid in a period of 3 to 17 days and the number of ovipositions varied from one to 7. The intervals between ovipositions were also variable, being xviii. from less than 24 h to 6 days. It was verified that under constant conditions of 18°C and 70-80% RH, there was a delay in the development of all stages in the life-cycle, culminating in the mortality of all the larvae derived from females kept under these conditions, indicating that they are inappropriate for the development of S. calcitrans. Under constant environmental conditions of 27°C and 70-80% RH, high productivity was observed in the females, and optimal biological performance in relation to the development of the larval and pupal stages, as well as the longevity of the females. Under variable enviromental conditions, some differences in behaviour were shown to those mentioned above; when changes in the environment were abrupt, their negative effect was marked, especially in the case of an increase in temperature, which provoked high mortality. When such variations involved decreases in temperature, the productivity of the colony was reduced without, however, causing high mortality. At the same time, longevity was increased. Experiments with female S. calcitrans fed with blood from different hosts (cattle, sheep, swine and horses) showed marked differences in reproductive performance. Blood from swine was shown to be the most efficient in terms of the production of eggs, followed by cattle, sheep and, finally, horses. This difference cannot be attributed to the quantity of blood xix. ingested since the largest amount was taken by flies feeding on sheep blood.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9800
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