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Tipo do documento: Dissertação
Título: Serviços ambientais hidrológicos das áreas de preservação permanente em topo de morros
Otros títulos: Hydrological environmental services of areas of permanent preservation on hilltops
Autor: Teixeira, Gabriela Miranda
Orientador(a): Valcarcel, Ricardo
Primeiro membro da banca: Valcarcel, Ricardo
Segundo membro da banca: Ferraz, Silvio Frosini de Barros
Terceiro membro da banca: Cicco, Valdir de
Palabras clave: Legislação florestal;Propriedades hidráulicas do solo;Serviços ecossistêmicos;Forest legislation;Soil hydraulic properties;Ecosystem services
Área(s) do CNPq: Ecologia
Idioma: por
Fecha de publicación: 26-feb-2015
Editorial: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Florestas
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Citación: TEIXEIRA, Gabriela Miranda. Serviços ambientais hidrológicos das áreas de preservação permanente em topo de morros. 2015. 49 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais). Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2015.
Resumen: Áreas de Preservação Permanente (APP) em topo de morros apresentam relevantes serviços ecossistêmicos, sendo um importante instrumento legal de planejamento. Os critérios para a delimitação dessas áreas foram modificados durante a alteração do Código Florestal em 2012, contudo as implicações, em termos de áreas para conservação, não foram dimensionadas e os potenciais efeitos dessa redução para o funcionamento hidrológico das microbacias ainda não foram relatados. Dessa forma, são objetivos deste trabalho: (1) Quantificar, através da utilização de geotecnologias a redução das APPs de topo de morros da bacia hidrográfica do rio Cacaria, Piraí – RJ; (2) Quantificar a condutividade hidráulica do solo saturado (Ksat) em duas profundidades (12,5 cm e 20 cm), em topo de morros com diferentes coberturas (capoeira e pastagem) utilizando permeâmetro tipo Guelph; (3) Comparar os dados de Ksat com chuvas da região; e (4) Relacionar os resultados obtidos com o funcionamento hidrológico das bacias hidrográficas. O Código Florestal de 1965 conferia diploma legal de proteção a 22,54 km² em áreas de topo de morro (31% da bacia) sendo que aproximadamente 29% dessas áreas apresentariam usos conflitantes. O atual código contempla a proteção legal, via conceito de APP topo de morro, de 2,90 km2 (4% da bacia), com aproximadamente 17% da área apresentando conflito de uso. Apesar da importância da vegetação em áreas situadas em topo de morros para o funcionamento hidrológico de microbacias, a alteração do Código Florestal Brasileiro promoveu uma redução de 87% na categoria de APP que protegia esses ambientes. As áreas de capoeira apresentaram valores médios maiores do que as de pastagem para Ksat a 12,5 cm de profundidade. Em 20 cm não se observou diferenças significativas. Sob os dois tipos de cobertura a Ksat diminuiu consideravelmente com o aumento da profundidade. Apesar de a capoeira apresentar Ksat superior em 12,5 cm de profundidade, os valores ainda são considerados baixos, provavelmente em consequência das perturbações sofridas no passado e do pouco tempo de restauração dessas áreas. 17,7% e 9,72% do volume total de chuvas registradas entre 2008 e 2012 excedem a Ksat, para pastagem e capoeira, respectivamente. Isso pode ser um fator influente nas elevadas taxas de erosão observadas na região. Apesar de melhorias nos serviços ambientais hidrológicos a partir da regeneração natural das áreas, estes ecossistemas ainda apresentam elevada fragilidade. Com a alteração do Código Florestal, atualmente essas áreas não são mais consideradas APP, logo, a condicionante legal para que a proteção das mesmas se efetive e que os serviços ecossistêmicos sejam plenamente recuperados, não mais existe. Como a alteração já foi consolidada, agora é necessário estabelecer outras estratégias para que as áreas em topo de morros sejam ao menos manejadas de modo a potencializar suas funções hidro-ecológicas e reduzir os riscos oriundos do uso inapropriado.
Abstract: Areas of Permanent Preservation (APP) on hilltops provide significant ecosystem services, being an important legal planning instrument. Although the criteria for defining these areas were modified during the change of the Forest Code in 2012 the implications for the conservation of these areas were not scaled and the potential effects of this reduction to the hydrological functioning of watersheds have not been reported. Thus, the objectives of this work are: (1) To characterize, through the use of geotechnology, the reduction of hilltops APP in the Cacaria river watershed, located in Pirai - RJ; (2) To quantify the saturated hydraulic conductivity (Ksat) at two depths (12.5 cm and 20 cm) on hilltops with different cover (capoeira and pasture) using a Guelph permeameter; (3) A comparison between the rain intensity in the region and the Ksat data; and (4) To relate the obtained outcomes of this research to the hydrological functioning of the watershed. The 1965 Forest Code conferred protection to 22.54 km² in hilltop areas (31% of the watershed) and approximately 29% of these areas would be in conflicting uses. On the other hand, the current code provide legal protection only to 2.90 km² (4% of the watershed) and approximately 17% of the area showing conflicting uses. Despite the importance of forest cover on hilltops to the hydrological functioning of watersheds, changing the Brazilian Forest Code caused a reduction of 87% of the APP on hilltop. The capoeira has higher mean values of Ksat at 12.5 cm depth than the pasture area. At 20 cm depth the Ksat did not differ among treatments. In both capoeira and pasture Ksat decreased considerably with increasing depth. Although capoeira has higher hydraulic conductivity at 12.5 cm depth, the values are still considered low probably as a result of sustained disturbance and little time to restore these areas. 17.7% and 9.72% of the total rainfall recorded from 2008 to 2012 exceed the Ksat value of the pasture and of the capoeira, respectively. This can be an influential factor in the high erosion rates observed in the region. Despite the improvements to hydrological services caused by the forest natural regeneration, these ecosystems still have high fragility. According to the current Forest Code, these areas are no longer considered APP, so the legal condition for their effective protection no longer exists. Since the change has been consolidated, it is now necessary to establish strategies that at least would improve the hydro-ecological functions and reduce the risks arising from the improper use of the hilltop areas.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11319
Aparece en las colecciones:Mestrado em Ciências Ambientais e Florestais

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