O projeto político pedagógico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá: Uma experiência do percurso

Abstract

Esta dissertação teve como objetivos analisar a experiência do percurso de produção de um elemento do Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, do Instituto Federal do Amapá – IFAP, o seu Projeto Político Pedagógico; conceituar a gestão participativa e colaborativa; delimitar a realização de uma pesquisa-ação no âmbito do IFAP com atores que fazem parte do processo de elaboração do PPP/PDI/IFAP e analisar a coleta de dados sobre o processo de elaboração do PPP/PDI/IFAP. Partiu do pressuposto de que todo e qualquer planejamento de gestão precisa ter a participação, o efetivo envolvimento e o comprometimento das pessoas que fazem a empresa/instituição funcionar no dia-a-dia. O IFAP foi criado em 29 de dezembro de 2008, pela Lei nº 11.892, que transformou a Escola Técnica Federal do Amapá – ETFAP - em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá - IFAP, vinculado ao Ministério da Educação. Diante da minha formação acadêmica inicial e experiência profissional, senti-me desafiada a apresentar dados e analisar o percurso dessa construção, da qual fiz parte como sujeito implicado. A metodologia utilizada foi embasada na pesquisa-ação (GIL, 2007 e Thiollent, 2009), utilizando as ferramentas do Diário de Bordo da pesquisadora e da coleta de dados, através de uma entrevista escrita, do tipo questionário aberto e fechado, com um grupo dos participantes. Para a análise também foi necessário recorrer ao PDI/IFAP. O trabalho teve como referência autores do campo da educação, que trabalham com planejamento educacional, bem como os que defendem a perspectiva de uma escola cidadã e participativa, além de autores que discutem o projeto político pedagógico em suas múltiplas dimensões. A pesquisa trouxe à tona as dificuldades na implementação de um processo de discussão participativa, sobretudo numa instituição ainda muito nova, em construção de seus quadros docente e técnico, em que muitos dos atores ainda estão se aproximando desses desafios, se apropriando das terminologias e dos processos de elaboração, mas demonstrou que o exercício da tomada de decisões coletivas deve ser permanente e avaliado para que se possa verificar se está surtindo o efeito desejado. Deixou claro ainda que o papel dos gestores é fundamental no sentido de criar as condições objetivas para que o processo de construção dos documentos que vão direcionar as ações presentes e futuras seja representativo da comunidade envolvida e possa, inclusive, propiciar novas formas de gestão numa perspectiva participativa