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Tipo do documento: Dissertação
Título: Patrimônio cultural: mais um outro “lugar social” para a louɔura - Contribuições dos direitos culturais, da saúde mental à patrimonialização
Otros títulos: Cultural heritage: yet another "social place" for louɔura - Contributions from cultural rights, mental health to patrimonialization
Autor: Silva, Joseane Maria Pereira da
Orientador(a): Lazzari, Alexandre
Primeiro membro da banca: Lazzari, Alexandre
Segundo membro da banca: Fogaça, Isabela de Fátima
Terceiro membro da banca: Pereira, Raquel Alvitos
Quarto membro da banca: Guljor, Ana Paula Freitas
Quinto membro da banca: Silva, Sônia Ambrozino da
Palabras clave: Patrimônio cultural;Saúde mental;Atenção psicossocial;cultural heritage;Mental health;Psychosocial attention
Área(s) do CNPq: Saúde Coletiva
Idioma: por
Fecha de publicación: 19-nov-2021
Editorial: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Programa: Programa de Pós-Graduação em Patrimônio, Cultura e Sociedade
Citación: SILVA, Joseane Maria Pereira da. Patrimônio cultural: mais um outro “lugar social” para a louɔura - Contribuições dos direitos culturais, da saúde mental à patrimonialização, 2021. 177 f. Dissertação (Mestrado em Patrimônio, Cultura e Sociedade) - Instituto Multidisciplinar, Programa de Pós Graduação em Patrimônio, Cultura e Sociedade, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, RJ, 2021.
Resumen: O presente trabalho é um estudo que discute as experiências e práticas artístico-culturais da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), em especial, as contribuições das oficinas terapêuticas do dispositivo CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e suas relações internas e externas as referências e bens culturais e sua patrimonialização. Pretende-se destacar que as políticas de patrimonialização e dos Direitos Culturais somam-se a mais um espaço que desmistifica o imaginário social da figura dos usuários dos serviços de saúde mental e garantem mais um local de cidadania para esses. Parte-se do princípio que os espaços que circulam Arte & Cultura no campo da saúde mental e atenção psicossocial também são ressignificações de fenômenos que envolvem a re/construção do sujeito em sua individualidade e coletividade por meio das expressões culturais, simbólicas, artísticas e identitárias. Historicamente dentre os movimentos brasileiros que mais se destacaram na luta em substituição do sistema asilar na saúde mental foi o Movimento de Trabalhadores de Saúde Mental (MTSM). Esse movimento, no ano de 1987, durante o II Congresso Nacional de Trabalhadores em Saúde Mental, transformou-se em um movimento social organizado e bastante amplo, chamado: Movimento pela Luta Antimanicomial. Conforme os movimentos sociais ocupavam espaços no cenário político e constituíam pressão ao poder estatal, a legislação, então, foi se alterando (Amarante, 1994). Foi a partir das mobilizações sociais e das transformações legais, que se buscou organizar os serviços de saúde, priorizando a integralidade das ações, a universalidade de acesso aos serviços e a participação democrática, considerando a atenção à pessoa em sofrimento psíquico no âmbito da cidadania e não apenas da assistência através do Sistema Único de Saúde (SUS – Lei 8080/90). Um dos dispositivos da saúde mental fruto dessa luta é o CAPS. Objetivou-se ponderar as relações do patrimônio cultural e seus diversos contextos de práticas políticas e sociais no ambiente da saúde mental, por meio da contextualização do uso da arte-cultura e seus signos durante as práticas de cuidado em saúde mental e atenção psicossocial do dispositivo CAPS III – Dr. Jayr Nogueira, localizado no centro da cidade de Nova Iguaçu, região metropolitana do RJ, na Baixada Fluminense. A autora tinha o intuito de formular e aplicar questionários e entrevistas semiestruturadas como ferramenta de investigação com os usuários, familiares e funcionários do CAPS III – Jayr Nogueira. No entanto, devido às consequências da pandemia de Covid-19 no início do ano de 2020 no Brasil, adentrando-se, infelizmente, até o momento no ano de 2021, as atuações reservadas para as coletas, análises e tratamento desses dados foram sumariamente comprometidas. Nem por isso deixou-se de abrir mais um diálogo imponente entre Direitos Culturais, Direitos Humanos, diversidade cultural, práticas de cuidado em saúde mental e atenção psicossocial e suas emancipações que fortalecem as diretrizes de integração da Luta Antimanicomial. Contribuições que despertam um outro “lugar social” para a loucura e o adoecimento psíquico e suas ressignificações por meio das políticas de patrimonialização. A patrimonialização assegura a proteção à memória coletiva, ao debate de temáticas importantes para a Luta Antimanicomial, e ao reconhecimento da autonomia e do protagonismo dos usuários.
Abstract: This paper is a study that discusses the experiences and artistic-cultural practices of the Psychosocial Care Network (RAPS), in particular, the contributions of therapeutic workshops of the CAPS (Psychosocial Care Center) device and its internal and external relations to cultural references and assets and their patrimonialization. It is intended to highlight that the policies of patrimonialization and Cultural Rights add one more space that demystifies the social imaginary of the mental health service users and guarantee one more place of citizenship for them. It is assumed that the spaces that circulate Art & Culture in the field of mental health and psychosocial care are also resignifications of phenomena that involve the re/construction of the subject in its individuality and collectivity through cultural, symbolic, artistic, and identity expressions. Historically, among the Brazilian movements that stood out in the struggle to replace the asylums system in mental health was the Mental Health Workers Movement (MTSM). This movement, in 1987, during the II National Congress of Mental Health Workers, was transformed into an organized and broad social movement, called: Movimento pela Luta Antimanicomial (Movement for the Anti-mental asylum system). As the social movements occupied spaces in the political scenario and put pressure on the state power, the legislation, then, was being altered (Amarante, 1994). It was from the social mobilizations and the legal transformations that the health services were sought to be organized, prioritizing the integrality of actions, the universality of access to services and the democratic participation, considering the attention to the person in psychic suffering in the scope of citizenship and not only of assistance through the Unified Health System (SUS - Law 8080/90). One of the mental health devices resulting from this struggle is the CAPS. This study aimed to ponder the relations of cultural heritage and its various contexts of political and social practices in the mental health environment, through the contextualization of the use of art-culture and its signs during the practices of mental health care and psychosocial attention of the device CAPS III - Dr. Jayr Nogueira, located in the center of the city of Nova Iguaçu, metropolitan region of RJ, in Baixada Fluminense. The author intended to formulate and apply questionnaires and semi-structured interviews as a research tool with users, family members, and employees of CAPS III - Jayr Nogueira. However, due to the consequences of the Covid-19 pandemic in the beginning of the year 2020 in Brazil, unfortunately entering the year 2021, the actions reserved for the collection, analysis, and treatment of these data were summarily compromised. Not because of this, an imposing dialogue between Cultural Rights, Human Rights, cultural diversity, care practices in mental health and psychosocial care, and their emancipations that strengthen the integration guidelines of the Anti-Attempted Treatment. Contributions that awaken another "social place" for madness and mental illness and its re-significations through heritage policies. The patrimonialization ensures the protection of the collective memory, the debate on important themes for the Anti-mental asylum struggle, and the recognition of the autonomy and protagonism of users.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14368
Aparece en las colecciones:Mestrado em Patrimônio, Cultura e Sociedade

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