Processos de identidade e criatividade no ensino da arte: aproximações e distanciamentos das experiências e práticas sociais cotidianas e seus desdobramentos na práxis pedagógica

Abstract

Esta pesquisa tem como tema os processos de identidade e a criatividade no ensino da arte, as aproximações e distanciamentos das experiências e práticas sociais cotidianas em seus desdobramentos na práxis pedagógica. A pesquisa objetiva refletir sobre as práticas docentes presentes e atuantes em escola Municipal do Rio de Janeiro, situada no Bairro de Vila Kennedy, Rio de Janeiro, a Escola Municipal Coronel José Gomes Moreira, em torno da construção da identidade na criança, através de apontamentos de ações e práticas dessa unidade escolar e de seus profissionais envolvidos. Esta investigação se justifica, especialmente pelo fato de que a intencionalidade da formação artística dos indivíduos está atualmente mais atrelada às aligeiradas demandas de governos, a cada quatro anos, do que à integralidade da formação humana, ou seja, do currículo nacional na BNCC, o qual se mantém refém dos ditames verticais tecnocratas do MEC. A rigor, a pesquisa busca compreender o processo de construção da identidade da criança, na perspectiva da afirmação de identidades por parte da cultura individual. A mistura de saberes, proporcionada pelo ambiente escolar, as vivências de sala de aula e experiências culturais, a internet e, em especial, a disciplina de Artes, estabelecem um diálogo entre a apropriação da cultura em termos coletivos e a descoberta da própria identidade pessoal. As narrativas no contexto escolar se inserem dentro de um processo histórico que admite rupturas e (re)significações, por meio das vivências, carregadas de mudanças, paradigmas que, atualmente, são marcados pelos discursos coercitivos de poder que dialogam com as distintas atribuições de valores da cultura e acabam por disseminar uma disputa pelo espaço social. Deste modo, procuramos lançar um olhar diferenciado em relação à práxis pedagógica e seus desdobramentos, que durante séculos vêm desenvolvendo mentes críticas, havendo ainda o que se discutir. Afinal, os processos de identidade, assim como a cultura são que motivam a espontaneidade das crianças no ensino da arte.