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Tipo do documento: Tese
Título: Caracterização morfológica do pênis de três espécies de leontopithecus lesson, 1840 (primates: callitrichidae)
Título(s) alternativo(s): Morphological characterization of the penis of three species of leontopithecus lesson, 1840 (primates: callitrichidae)
Autor(es): Estruc, Thais Mattos
Orientador(a): Figueiredo, Marcelo Abidu
Primeiro coorientador: Gitirana, Lycia de Brito
Primeiro membro da banca: Alonso, Luciano da Silva
Segundo membro da banca: Figueiredo, Marcelo Abidu
Terceiro membro da banca: Chagas, Maurício Alves
Quarto membro da banca: Sousa, Carlos Augusto dos Santos
Quinto membro da banca: Carvalho, Yuri Karaccas de
Palavras-chave: órgão copulatório;mico-leão;primatas;histologia;estereologia;copulatory organ;lion tamarin;primates;histology;stereology
Área(s) do CNPq: Biologia Geral
Idioma: por
Data do documento: 11-Abr-2025
Editor: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sigla da instituição: UFRRJ
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e Da Saúde
Programa: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Citação: ESTRUC, Thais Mattos. Caracterização morfológica do pênis de três espécies de leontopithecus lesson, 1840 (primates: callitrichidae). 2025. 91 f. Tese (Doutorado em Biologia Animal) - Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2025.
Resumo: O gênero Leontopithecus, composto por primatas endêmicos da Mata Atlântica, inclui quatro espécies ameaçadas de extinção, principalmente em razão da fragmentação do habitat e da exposição a doenças como a febre amarela. Este estudo teve como objetivo caracterizar e analisar a morfologia peniana das espécies Leontopithecus rosalia, L. chrysomelas e L. chrysopygus por meio de análises macroscópicas, histoquímicas, imuno-histoquímicas, histomorfométricas e por microscopia eletrônica de varredura (MEV), buscando identificar variações intra e interespecíficas. Foram analisados 10 pênis de cada espécie, obtidos de animais fixados em formol e provenientes do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ). As análises revelaram que o pênis das três espécies é composto por raiz, corpo e glande. Os comprimentos médios do pênis foram semelhantes entre as espécies, com variações não significativas: 3,27 cm em L. rosalia, 3,37 cm em L. chrysomelas e 3,12 cm em L. chrysopygus. A raiz apresentou diferenças morfométricas, com L. chrysomelas apresentando maior comprimento e L. chrysopygus, menor diâmetro. Nessa região, observaram-se corpos cavernosos dorsais, fibras colagenosas dispostas de forma irregular e túnica albugínea formando um septo mediano. Fibras musculares lisas foram identificadas em L. rosalia e L. chrysomelas. O corpo do pênis também variou entre as espécies, com L. rosalia apresentando maior comprimento e L. chrysomelas, maior diâmetro. A glande, recoberta por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado com espículas, apresentou variações morfológicas relevantes: L. rosalia e L. chrysopygus possuíam glande triangular, enquanto L. chrysomelas exibia formato semelhante a um chapéu de cogumelo. A presença de papilas dérmicas foi observada apenas em L. chrysomelas. As dimensões da glande variaram entre as espécies, com destaque para o maior diâmetro em L. chrysomelas. Quanto ao osso peniano, sua localização variou: estava na glande em L. rosalia e L. chrysopygus, enquanto em L. chrysomelas situava-se no corpo cavernoso à direita do septo. A análise por MEV revelou diferenças nas espículas da glande, com variações na forma e orientação: em L. rosalia, as espículas eram curtas e horizontais, enquanto em L. chrysomelas apresentavam formato de meia-lua e orientação cônica voltada para a base do pênis. O estudo destacou variações morfológicas e estruturais relevantes entre as espécies analisadas, como diferenças no comprimento e diâmetro das regiões penianas, morfologia do baculum, padrão das espículas e distribuição das fibras musculares. Essas características sugerem adaptações específicas relacionadas à reprodução e podem refletir pressões seletivas distintas, incluindo mecanismos de seleção sexual e estratégias de competição espermática. Os dados obtidos contribuem para o entendimento da evolução da morfologia peniana em primatas neotropicais e fornecem subsídios para futuras pesquisas sobre reprodução, comportamento sexual e conservação das espécies.
Abstract: The genus Leontopithecus, composed of primates endemic to the Atlantic Forest, includes four species currently threatened with extinction, primarily due to habitat fragmentation and exposure to diseases such as yellow fever. This study aimed to characterize and analyze the penile morphology of Leontopithecus rosalia, L. chrysomelas, and L. chrysopygus through macroscopic, histochemical, immunohistochemical, histomorphometric, and scanning electron microscopy (SEM) analyses, in order to identify intra- and interspecific variations. Ten penises from each species were examined, obtained from formalin-fixed specimens provided by the Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ). Analyses revealed that the penis in all three species consists of a root, body, and glans. Average penile lengths were similar among the species, with no significant variation: 3.27 cm in L. rosalia, 3.37 cm in L. chrysomelas, and 3.12 cm in L. chrysopygus. The root region exhibited morphometric differences, with L. chrysomelas displaying the greatest length and L. chrysopygus the smallest diameter. In this region, dorsal corpora cavernosa were observed, along with irregularly arranged collagen fibers and a tunica albuginea forming a median septum. Smooth muscle fibers were present in L. rosalia and L. chrysomelas. The penile body also varied among species: L. rosalia had the longest body, while L. chrysomelas showed the greatest diameter. The glans, covered by keratinized stratified squamous epithelium with spicules, presented notable morphological differences: L. rosalia and L. chrysopygus had triangular-shaped glandes, whereas L. chrysomelas exhibited a mushroom-cap shape. Dermal papillae were observed exclusively in L. chrysomelas. Glans dimensions also varied among species, with L. chrysomelas having the largest diameter. Regarding the penile bone, its position varied among species: it was located within the glans in L. rosalia and L. chrysopygus, while in L. chrysomelas it was found in the corpus cavernosum to the right of the septum. SEM analysis revealed differences in glans spicules, including variations in shape and orientation: in L. rosalia, spicules were short and horizontal, whereas in L. chrysomelas, they were crescent-shaped with a conical orientation directed toward the penile base. This study highlighted relevant morphological and structural differences among the analyzed species, including variations in the length and diameter of penile regions, baculum morphology, spicule patterns, and distribution of muscle fibers. These characteristics suggest species-specific adaptations related to reproduction and may reflect distinct selective pressures, including mechanisms of sexual selection and sperm competition strategies. The findings contribute to a better understanding of the evolution of penile morphology in Neotropical primates and provide a foundation for future research on reproduction, sexual behavior, and species conservation.
URI: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/22221
Aparece nas coleções:Doutorado em Biologia Animal

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