Germinação e vigor de sementes de Mimosa artemisiana Heringer & Paula

Abstract

Embora haja um grande esforço das instituições de pesquisa em suprir a carência de informações em torno das espécies arbóreas nativas do Brasil, tais informações ainda são escassas. O pouco conhecimento a respeito do comportamento das sementes da espécie Mimosa artemisiana (Heringer & Paula), motivou o presente estudo, buscando fornecer diretrizes para o seu manejo, beneficiamento e armazenamento. Foi analisado o peso e o teor umidade de sementes maduras e imaturas, bem como o percentual de germinação desses tratamentos quando preservada sua umidade inicial e submetidos à dessecação até atingir teor de umidade de 5%. As sementes imaturas,tiveram sua viabilidade reduzida quando submetidas a esse processo. As sementes de m. artemisiana apresentaram comportamento ortodoxo quando maduras, mantendo sua viabilidade em baixos teores de umidade. Foi feita a análise do vigor de sementes maturas em seu estado natural a 17,59 % de umidade e em sementes maduras dessecadas em estufa até atingirem teor de umidade de 5%. A análise do vigor das sementes foi feita através do teste de envelhecimento acelerado, avaliando sua germinação nos períodos de 0,4,8,24,32,48,72,96 e 144 horas de permanência no interior da câmara de envelhecimento acelerado a uma temperatura de 40 ºC e 100% de umidade relativa. Houve efeito deletério das sementes quando submetidas a longos períodos no interior da câmara de envelhecimento. Sementes maduras secas em estufa tiveram viabilidade reduzida a partir de 24 horas de permanência no interior da câmara de envelhecimento, enquanto sementes maduras em seu estado natural tiveram viabilidade reduzida a partir de 72 horas de permanência no interior da câmara de envelhecimento. Sementes de maduras de M. artemisiana têm seu vigor reduzido quando submetida ao processo de secagem, não necessitando de redução do teor de umidade para fins de armazenamento.