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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14022
Tipo do documento: | Dissertação |
Title: | A construção da primazia e da autoridade da ecclesia de Roma no contexto da controvérsia donatista: embates entre donatistas e nicenianos pela unidade da Ecclesia de Cristo (Sécs.III-V E.C.) |
Other Titles: | The construction of the primacy and authority of the ecclesia of Rome in the context of the Donatist controversy: clashes between Donatists and Nicenians by the unity of Ecclesia of Christ (III-V AD). |
Authors: | Santos, Lúrbia Jerônimo da Silva |
Orientador(a): | Caldas, Marcos José de Araújo |
Primeiro coorientador: | Pereira, Raquel Alvitos |
Primeiro membro da banca: | Caldas, Marcos José de Araújo |
Segundo membro da banca: | Berriel, Marcelo Santiago |
Terceiro membro da banca: | Coser, Miriam Cabral |
Quarto membro da banca: | Freitas, Edmar Checon de |
Keywords: | cristianismo antigo;primazia romana;donatismo;Ancient christianity;Roman primacy;Donatism |
Área(s) do CNPq: | História |
Idioma: | por |
Issue Date: | 15-May-2018 |
Publisher: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Ciências Humanas e Sociais Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em História |
Citation: | SANTOS, Lúrbia Jerônimo da Silva. A construção da primazia e da autoridade da ecclesia de Roma no contexto da controvérsia donatista: embates entre donatistas e nicenianos pela unidade da Ecclesia de Cristo (Sécs.III-V E.C.). 2018. 153 f.. Dissertação( Mestrado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais/Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica-RJ, 2018 . |
Abstract: | Estudo da relação entre a resistência do movimento donatista ao projeto niceniano de Ecclesia universalizante e o fortalecimento da primazia e da autoridade da ecclesia de Roma, entre os séculos III e V E.C. A partir do século IV, sob o governo do imperador Constantino, as comunidades cristãs têm seu status jurídico alterado de superstitio para religio licita, recebendo validação como mais uma religião existente no Império e, gradativamente, alcançando o patamar de religião oficial. Tal integração dos cristãos ao projeto político do imperador considera o nível de aceitação e difusão das comunidades cristãs no Império, em várias camadas sociais, e também o serviço de bem-estar social prestado por elas, creditando a elas o papel de elemento de agregação social do projeto de unidade do Império romano. No entanto, para que as comunidades cristãs ofereçam a coesão desejada à diversidade que compõe o Império, faz-se necessário que elas se tornem um corpo unificado, visto que a realidade heterogênea de sua existência ocasiona frequentes disputas e rivalidades, o que não seria coerente com a política adotada por Constantino e com a sua expectativa colocada sobre os cristãos. Dentro da pluralidade cristã, encontramos, entre outras comunidades, os donatistas e os nicenianos, entre os quais não se vê espaço para as negociações em torno da unidade. Os nicenianos, um alinhamento de comunidades em torno da primazia de Roma, que possui estrutura e ideal universalizante que se identificam e se colocam a serviço do projeto de unidade de Constantino, enquanto também são beneficiados e reconhecidos como catholicos, desejam a absorção dos donatistas em sua Ecclesia universal, acusando-os de cismáticos e, posteriormente, de heréticos. Os donatistas, comunidades de cristãos do norte da África que prezam pela autonomia de seus ritos e crenças, para os quais reivindicam a autoridade da tradição cristã africana, evocando nomes como o do bispo Cipriano de Cartago (meados do século III E.C.), defendem uma Ecclesia cujo conceito de catolicidade está ligado à integridade de sua linhagem, que remonta aos mártires, e à pureza de seus adeptos, principalmente dos que exercem funções eclesiásticas, não sendo, ainda, favoráveis à aliança Império-Ecclesia. Trata-se de um período de construção de identidades cristãs, cujos embates serão desequilibrados pelo fator político que representa a necessidade de estabilidade do Império romano, o qual, não podendo assistir passivamente à ruína da base de sua unidade, representada pelas divergências identitárias das comunidades cristãs, combate, em parceria com os nicenianos, os elementos dissonantes de seu projeto. |
Abstract: | Study of the relationship between the resistance of the Donatist movement to the Nicenian project of universalizing Ecclesia and the strengthening of the primacy and authority of the ecclesia of Rome between the third and fifth centuries AD. From the fourth century, under the rule of the Emperor Constantine, Christian communities have their legal status changed from superstitio to religio licita, receiving validation as one more religion existing in the Empire and, gradually, reaching the level of official religion. Such integration of Christians into the emperor's political project considers the level of acceptance and diffusion of Christian communities in the empire in various social strata and also the social welfare service provided by them, crediting them to the role of social aggregation of the unity project of the Roman Empire. However, for Christian communities to offer the desired cohesion to the diversity that composes the Empire, it is necessary for them to become a unified body, since the heterogeneous reality of their existence causes frequent disputes and rivalries, which would not be coherent with the policy adopted by Constantine and with his expectation placed on Christians. Within the Christian plurality, we find, among other communities, the Donatists and the Nicenians, among whom there is no room for negotiations around the unity. The Nicenians, an alignment of communities around the primacy of Rome that has a universalizing structure and ideal that identifies and places itself at the service of Constantine's project of unity, while also benefited and recognized as Catholics, desire the absorption of the Donatists in their universal Ecclesia, accusing them of schismatics and later of heretics. The Donatists, communities of Christians in North Africa that cherish the autonomy of their rites and beliefs, for which they claim the authority of the African Christian tradition, evoking names such as that of Bishop Cyprian of Carthage (mid-3rd century AD). Ecclesia whose concept of catholicity is linked to the integrity of their lineage, which goes back to the martyrs, and to the purity of their adherents, especially those who exercise ecclesiastical functions, and are not yet in favor of the empire-Ecclesia alliance. It is a period of construction of Christian identities, whose conflicts will be unbalanced by the political factor that represents the need for stability of the Roman Empire, which can not passively watch the ruin of the base of its unity, represented by the identities of the Christian communities, fighting, in partnership with the Nicenians, the dissonant elements of its project |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14022 |
Appears in Collections: | Mestrado em História |
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