Eficácia Pulicida e Residual In Vitro do Óleo Essencial de Illicium verum Contra Ctenocephalides felis felis (Bouché, 1835) (Siphonaptera: Pulicidae)

Abstract

A pulga Ctenocephalides felis felis é o principal ectoparasita de cães e gatos, com relevância mundial. Em torno de 50% das patologias dermatológicas observadas nestes animais, estão relacionadas a presença de C. felis felis. Por conta de sua biologia, grandes infestações são frequentes, sendo muito comum o uso de inseticidas químicos para o controle das infestações. No entanto estes produtos apresentam algumas desvantagens relacionadas a degradação ambiental e resistência por parte dos organismos alvo. Este panorama tem sustentado as pesquisas em busca de compostos com atividade inseticida com potencial para o desenvolvivmento de produtos que possam representar alternativas aos utilizados atualmente, tornando crescente os estudos com inseticidas botânicos. O Illicium verum é uma planta medicinal da família Schisandracea, com frutos ricos em óleo essencial e com bioatividade contra vários insetos. O presente estudo teve como objetivo determinar a composição química do óleo essencial dos frutos de Illicium verum, avaliar sua atividade pulicida in vitro sobre pulgas adultas de Ctenocephalides felis felis bem como sua eficácia residual. Foi utilizado óleo essencial comercial. A análise química por cromatografia gasosa, permitiu identificar 16 compostos sendo que o (E)-anetol foi o constituinte majoritário representando 79,96% da composição. Utilizou-se o método de impregnação em tiras de papel filtro para a realização do teste in vitro. O óleo essencial de Illicium verum apresentou atividade inseticida contra adultos de Ctenocephalides felis felis, com 100% de eficácia na concentração de 800μg·cm-2 . Para a realização do teste de eficácia residual foi utilizado o método de papel filtro com a concentração que apresentou 100% de mortalidade, avaliou-se a mortalidade das pulgas a cada 24h, após cada avaliação as pulgas eram substituídas por pulgas novas advindas da mesma colônia, manteve-se as fitas impregnadas inicialmente, este procedimento foi repetido a cada 24 horas até não ser verificada mais eficácia pulicida. Foi observada bioatividade ao longo 18 dias.