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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20176
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Aproximações da deficiência intelectual e do autismo na literatura científica |
Otros títulos: | Approximations of intellectual deficiency and autism on cientific literature da deficiência intelectual e do autismo na literatura científica |
Autor: | Souza, Letícia Benedito de |
Orientador(a): | Melo, Rosane Braga de |
Primeiro membro da banca: | Melo, Rosane Braga de |
Segundo membro da banca: | Uhr, Deborah |
Terceiro membro da banca: | Nicolau, Roseane Freitas |
Palabras clave: | deficiência intelectual;autismo;psicose;diagnóstico;Intellectual Disability;Autism;Psychosis;Diagnosis |
Área(s) do CNPq: | Psicologia |
Idioma: | por |
Fecha de publicación: | 29-jul-2022 |
Editorial: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Educação |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
Citación: | SOUZA, Letícia Benedito de. Aproximações da deficiência intelectual e do autismo na literatura científica. 2022. 83 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2022. |
Resumen: | O objetivo deste trabalho foi analisar a história do diagnóstico do autismo e sua relação com o diagnóstico da Deficiência Intelectual. Por meio de uma análise histórica, buscamos compreender como essa história influenciou a compreensão atual do autismo. Para entender o surgimento da psiquiatria infantil, é necessário considerar a história da psiquiatria anterior, pois isso nos permite compreender o papel que a criança ocupava no campo psiquiátrico naquela época. Naquela época, era reconhecido que uma criança poderia ser diagnosticada com "idiotia", enquanto a loucura era associada aos adultos. Kanner e Asperger incluíram o quadro do autismo na esquizofrenia, e indicavam as diferenças entre um quadro e outro pelo tempo do surgimento dos sintomas. O autismo e o diagnóstico de psicose infantil foram marcados pela forte influência da psicanálise desenvolvimentista no discurso da psiquiatria. Tais influências marcam a história do autismo dentro das versões iniciais do DSM, mas sobretudo nas versões IV e V os déficits serão ressaltados como persistentes para a caracterização do Transtorno do Espectro Autista. O Manual destaca proximidade com a deficiência intelectual e a dificuldade de se realizar um diagnóstico diferencial no início da infância. A ideia de que o quadro do autismo inclui uma deficiência intelectual, com acento na relação do quadro do autismo com um rol de déficits cognitivos, pode ser verificada nos artigos sobre esta temática. Os artigos refletem ainda as polêmicas que cercam o cenário político atual no campo do autismo: a tentativa de um domínio do discurso médico sobre o autismo e, por consequência, uma desqualificação de outros discursos como o discurso pedagógico, e uma tendência do meio pedagógico ir em direção à lógica médico-psicológica; o papel dos familiares no trabalho com os autistas e mesmo o protagonismo que algumas associações de pais estão tendo na sugestão de algumas políticas públicas; os embates e divergências pelas partes interessadas no processo de formulação de políticas públicas; a reivindicação de que para fomentar políticas públicas e melhorias no campo da assistência torna-se urgente e necessário para que os equipamentos de saúde mental produzam dados qualificados sobre as estratégias para o tratamento dos autistas. Constatamos, então, as aproximações no manual dos DSM 5 entre os diagnósticos de Deficiência Intelectual com o quadro designado atualmente como TEA, sobretudo nos apontamentos das comorbidades e nos itens sobre os diagnósticos diferenciais. Apesar de haver outros modelos para a compreensão do autismo, o modelo que parece ter maior divulgação é o modelo cognitivista, desenvolvimentista, que por sua vez enfatiza um conjunto de déficits. Conclui-se que nem a passagem do tempo nem as mudanças sociais foram capazes de alterar a relação entre a educação e os discursos patologizantes sobre a infância, de tal modo que os discursos psiquiátricos atuais ainda mantêm a aproximação entre o adoecimento mental das crianças e o campo educacional. Temos indicações da prevalência da ideia de que se a criança adoece é porque ela não está educada. |
Abstract: | The aim of this study was to analyze the history of autism diagnosis and its relationship with the diagnosis of Intellectual Disability. Through a historical analysis, we sought to understand the impact of this history on the current understanding of autism. The emergence of child psychiatry can only be understood within the context of the preceding psychiatry history, as it determines the position allocated to children in the psychiatric field at that time: a child could suffer from "idiotia," while madness was reserved for adults. Kanner and Asperger included autism within the framework of schizophrenia, distinguishing between the two based on the timing of symptom onset. Autism and the diagnosis of childhood psychosis were strongly influenced by developmental psychoanalysis within psychiatric discourse. These influences shaped the history of autism within the early versions of the DSM, but particularly in versions IV and V, deficits became emphasized as persistent for the characterization of Autism Spectrum Disorder. The manual highlights the proximity to intellectual disability and the challenge of differential diagnosis in early childhood. The notion that autism includes intellectual disability, with an emphasis on a range of cognitive deficits, can be observed in articles on this subject. These articles also reflect the controversies surrounding the current political landscape in the field of autism: the attempt to establish medical discourse dominance over autism and consequently, the disqualification of other discourses such as educational discourse; a tendency for the educational field to move towards a medical- psychological logic; the role of family members in working with autistic individuals, including the increasing influence of parent associations in suggesting public policies; conflicts and divergences among stakeholders in the process of formulating public policies; the demand for qualified data from mental health facilities on strategies for the treatment of autism in order to promote public policies and improvements in the field of assistance. Thus, we observe the connections in DSM-5 between the diagnoses of Intellectual Disability and the condition currently designated as Autism Spectrum Disorder, especially in terms of comorbidities and differential diagnoses. Although there are other models for understanding autism, the most widely disseminated model appears to be the cognitive-developmental model, which emphasizes a set of deficits. It is concluded that neither the passage of time nor social changes have been able to alter the relationship between education and pathologizing discourses about childhood, to the extent that current psychiatric discourses still maintain the connection between mental illness in children and the educational field. There are indications of a prevailing belief that if a child becomes ill, it is because they are not properly educated. |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20176 |
Aparece en las colecciones: | Mestrado em Psicologia |
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