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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/21103
Tipo do documento: | Tese |
Título: | Comendo bem, que mal tem? um estudo sobre as representações sociais dos riscos. |
Título(s) alternativo(s): | What risks we face when we eat well? a study of the social representations of food risks”. |
Autor(es): | Galindo, Flávia Luzia Oliveira da Cunha |
Orientador(a): | Portilho, Maria de Fátima Ferreira |
Primeiro membro da banca: | Portilho, Maria de Fátima Ferreira |
Segundo membro da banca: | Casotti, Letícia Moreira |
Terceiro membro da banca: | Collaço, Janine Helfst Leicht |
Quarto membro da banca: | Barbosa, Lívia |
Quinto membro da banca: | Wilkinson, John |
Palavras-chave: | Consumo;Risco Alimentar;Representações Sociais;Food Safety;Consumption;Risk Foods;Social Representations |
Área(s) do CNPq: | Sociologia |
Idioma: | por |
Data do documento: | 27-Mai-2014 |
Editor: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Ciências Humanas e Sociais |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade |
Citação: | GALINDO, Flávia Luzia Oliveira da Cunha. Comendo Bem, que Mal Tem? Um Estudo Sobre as Representações Sociais dos Riscos Alimentares. 2014. 256 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) - Instituto de Ciências humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2014. |
Resumo: | O consumo alimentar é uma das mais elementares práticas da vida cotidiana, mas pode colocar os indivíduos em situação de risco, sejam os provenientes das dificuldades de acesso aos alimentos, sejam os riscos inerentes ao comer. A tese se propôs a analisar os riscos impostos pela modernidade ao consumo de alimentos, a partir do conceito de Food Safety, e a apresentar e analisar representações sociais dos riscos do comer. Considera-se que tanto o sistema agroalimentar como o sistema culturalizado que regem a lógica da alimentação modificam-se ao sabor de transformações sociais, econômicas, políticas e culturais e acionam novas noções de qualidade, modificando ou ratificando percepções e práticas existentes. Os riscos na alimentação são um fato social total, capaz de engendrar várias representações sociais compartilhadas pelo senso comum. Nesse contexto, o teor de ineditismo desse trabalho está no esforço de apresentar e analisar as representações sociais do risco alimentar associadas aos itinerários do consumo e ao ciclo de vida dos responsáveis pela alimentação das famílias. Para atingir esses objetivos, apoiamo-nos em dados empíricos coletados de forma exploratória ao longo do estudo e, sobretudo, em uma pesquisa densa de Grupo Focal, com foco interacional e com três perfis de responsáveis pelo abastecimento doméstico de suas famílias: jovens, adultos e idosos. Como fruto da empiria, apresentamos sistemas classificatórios construídos socialmente pelo conhecimento compartilhado no senso comum e no saber popular (MOSCOVICI, 1995). Observamos que as práticas alimentares não definem a casa e a rua como opostos, mas como ambiências complementares e interdependentes. Ambos são permeados por ambiguidades e modelam as múltiplas percepções dos riscos do comer. Tanto a comida de casa como a comida da rua engendram tensões e conflitos, articulam lógicas e estratégias e demandam investimento de tempo e recursos que delineiam a percepção de risco a partir das configurações da vida e das escalas de valores dos consumidores. Os resultados da pesquisa indicam que as representações sociais dos riscos alimentares articulam quatro sistemas classificatórios presentes na memória coletiva das famílias: cidadania, desconfiança, medo e impureza. Estes quatro sistemas resultam em valores éticos, sociais e ambientais que formatam as preocupações e práticas alimentares. Além disso, relacionamos 35 riscos alimentares ancorados em cinco categorias distintas: invisibilidade, ineficiência do sistema agroalimentar, ideologias/crenças, nutrientes/componentes dos alimentos e hábitos alimentares inadequados. Concluímos que o risco alimentar aponta as tensões e a importância do tempo social para as famílias, e está presente nas construções plurais de saudabilidade decorrentes do estilo de vida dos responsáveis pela alimentação das famílias, de acordo com sua fase do ciclo de vida: jovem, adulto e idoso. |
Abstract: | The Food Consumption is one of the most elementary necessitires in life; however, this simple need may put some individuals at unaware risky situations, which could be originated by the barriers of having access nourishments, or even by the risks inherent to eat. The thesis proposed to analyze the risks imposed by food consumption modernity using the concept of Food Safety, presenting and analyzing the social representations of eating risks. It is considered that both the agryfood system and the culturalyzed system, which subjects the nourischment logic, modifies themselves by social, economic, political and cultural changes that actuate in new quality notions, modifying or ratifying existing practices and perceptions. The risks in alimentation are a total social fact, capable of engender various social representations shared by common sense. In this context, the originality level of this work is in the effort to present and analyze the social representation of alimentation risks associated to consume itineraries and lifecycle of the responsible for family’s alimentation. To reach these goals, we rely in empirical data, collected by exploratory ways along the process of these studies, and mainly, in a dense research of Focal Group. We could present classifying systems, socially builded by the shared knowledge of common sense (MOSCOVICI, 1995). We observed that the alimentation practices do not define the house and street as opposites, but as complementary and interdependent ambiances. Both are permeated by ambiguities and mold the multiple perceptions of the risks of eating. Both the homemade food and the street food engender tensions and conflicts, articulate logics and strategies, demand time and resources investment, which delineates the perception of risks by the life settings and value scales of the consumers. The results of the research indicate that the social representations of alimentation risks articulate four classifying systems, presented on families’ collective memories: citizenship, distrust, fear and impurity. These four systems are resulted in ethical, social and environmental values, which format the worries and alimentation practices. Furthermore, we relate 35 alimentation risks fixed in six distinct categories: invisibility, inefficiency of agri food system, ideologies/beliefs, alimentation nutrients/components and inadequate alimentation habits. We can conclude that the alimentation risk shows the tension and importance of social time for families, and it is present on the plural constructions of arising health quality of life style from those who are responsible for the family nourishment, according with their lifecycle: young, adult or elder. |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/21103 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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