Por favor, use este identificador para citar o enlazar este ítem:
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/21188
Tipo do documento: | Tese |
Título: | Indígenas em marcha: recrutamentos e resistências na Província das Alagoas durante a guerra do Paraguai (1864-1870) |
Autor: | Rocha, Adauto Santos da |
Orientador(a): | Moreira, Vania Maria Losada |
Primeiro membro da banca: | Dantas, Mariana Albuquerque |
Segundo membro da banca: | Silva, Edson Hely |
Terceiro membro da banca: | Cancela, Francisco Eduardo Torres |
Quarto membro da banca: | Doratioto, Francisco Fernando Monteoliva |
Quinto membro da banca: | Moreira, Vania Maria Losada |
Palabras clave: | Província das Alagoas;Recrutamentos indígenas;Guerra do Paraguai;Protagonismos;Resistências;Negociações;Province of Alagoas;Indigenous recruitments;Paraguayan War;Protagonisms;Resistance;Negotiations |
Área(s) do CNPq: | História |
Idioma: | por |
Fecha de publicación: | 12-feb-2025 |
Editorial: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Ciências Humanas e Sociais |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em História |
Citación: | ROCHA, Adauto santos da. Indígenas em marcha: recrutamentos e resistências na Província das Alagoas durante a guerra do Paraguai (1864-1870). 2025. 450 f. Tese (Doutorado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2025. |
Resumen: | Nessa tese, discutem-se as múltiplas formas de atuação militar indígena na Província das Alagoas durante a Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864 e 1870. Para isso, além de compreendermos o arranjo histórico daquele que foi reconhecido como o maior conflito armado da América do Sul, foi fundamental revisitarmos temas importantes para a história indígena em âmbito provincial. Distante de uma visão reducionista e amplamente difundida pela clássica historiografia, onde populações indígenas costumavam ser visualizadas de forma estática e passiva, aqui elas foram entendidas como importantes para o jogo social instaurado durante a guerra. Assim, realizamos um arrazoado historiográfico sobre a presença indígena na Alagoas oitocentista. Historicizamos os processos de formação dos aldeamentos. Em seguida, problematizamos a estruturação da Diretoria Geral dos Índios em 1849 e a interferência de legislações específicas sobre as terras dos aldeamentos até a extinção oficial, decretada em 1872. Discutimos as estratégias utilizadas por diversas autoridades e agentes do recrutamento para conduzir indígenas, guardas nacionais, negros libertos e outros atores sociais aos campos de batalha. Posteriormente, centramos nossa análise nos recrutamentos ocorridos, especificamente, na Colônia Militar Leopoldina e em áreas adjacentes. Situada no norte provincial, em uma região fronteiriça a Colônia Militar de Pimenteiras e a Aldeia do Riacho do Mato, Leopoldina funcionou como uma espécie de microcosmo para analisarmos as interações entre indígenas objetos do recrutamento, senhores de engenho e autoridades policiais. Além do mais, ao longo da guerra, as terras indígenas localizadas na região de Leopoldina foram alvo de reiteradas invasões de latifundiários amparados na Lei de Terras de 1850. Finalmente, demonstramos como, em todo o contexto de guerra, os indígenas constituíram sólidas formas de resistência contra os recrutamentos. Perante a anormalidade instaurada com o conflito, indígenas e outros agentes sociais escondiam-se das patrulhas recrutadoras, desertavam das linhas militares, reivindicavam a liberdade mediante instrumentos formais, constituíam redes de solidariedade, destruíam as precárias instalações carcerárias e, diante da impossibilidade de burlar a militarização, dela tiravam proveito negociando com recrutadores. Em diversas circunstâncias, além de marcharem para atender aos reclames provinciais e imperiais por “voluntários da pátria”, também marchavam em defesa de interesses particulares. A pesquisa baseia-se em sólido e numeroso corpo documental, formado por fontes demográficas, cartográficas e manuscritas, consultadas principalmente no Arquivo Público de Alagoas (APA), no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), no Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (APEJE), no Grupo de Pesquisas em História Indígena de Alagoas (GPHIAL), no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro (AN), no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), bem como no Arquivo Histórico do Exército (AHEx). Ao longo do texto e da análise documental, buscou-se considerar os pontos de vista dos indígenas e seu protagonismo social. Para tanto, fundamentamo-nos metodologicamente nos pressupostos da chamada “Nova História Indígena”, que valoriza os povos indígenas como protagonistas e agentes decisivos nos eventos históricos desenrolados na Alagoas provincial. Nesse sentido, esse estudo pretende contribuir para um novo olhar sobre a participação militar indígena no Brasil do século XIX. |
Abstract: | In this thesis, the multiple forms of indigenous military action in the Province of Alagoas during the Paraguayan War, which took place between 1864 and 1870, are discussed. To this end, in addition to understanding the historical arrangement of what was recognized as the largest armed conflict in South America, it was essential to revisit important themes for indigenous history at the provincial level. Far from a reductionist view and widely disseminated by classical historiography, where indigenous populations used to be viewed in a static and passive way, here they were understood as important for the social game established during the war. Thus, we carried out a historiographical reasoning about the indigenous presence in nineteenth-century Alagoas. We historicized the processes of formation of the settlements. Next, we problematize the structuring of the General Directorate of Indians in 1849 and the interference of specific legislation on the lands of the settlements until the official extinction, decreed in 1872. We discuss the strategies used by various authorities and recruitment agents to lead indigenous people, national guards, freed blacks and other social actors to the battlefields. Subsequently, we focused our analysis on the recruitments that occurred, specifically, in the Leopoldina Military Colony and adjacent areas. Located in the provincial north, in a border region between the Military Colony of Pimenteiras and the Village of Riacho do Mato, Leopoldina functioned as a kind of microcosm for us to analyze the interactions between indigenous objects of recruitment, plantation owners and police authorities. Furthermore, throughout the war, the indigenous lands located in the Leopoldina region were the target of repeated invasions by landowners under the Land Law of 1850. Finally, we demonstrate how, throughout the context of war, indigenous people constituted solid forms of resistance against conscription. Faced with the abnormality established by the conflict, indigenous people and other social agents hid from recruiting patrols, deserted the military lines, demanded freedom through formal instruments, formed solidarity networks, destroyed precarious prison facilities and, faced with the impossibility of circumventing militarization, took advantage of it by negotiating with recruiters. In various circumstances, in addition to marching to meet provincial and imperial demands for "volunteers of the homeland", they also marched in defense of private interests. The research is based on a solid and numerous body of documents, formed by demographic, cartographic and manuscript sources, consulted mainly in the Public Archive of Alagoas (APA), the Historical and Geographical Institute of Alagoas (IHGAL), the Jordão Emerenciano State Public Archive (APEJE), the Research Group on Indigenous History of Alagoas (GPHIAL), the National Archives of Rio de Janeiro (AN), at the Brazilian Historical and Geographic Institute (IHGB), as well as at the Army Historical Archive (AHEx). Throughout the text and the documentary analysis, we sought to consider the points of view of the indigenous people and their social protagonism. To this end, we methodologically based ourselves on the assumptions of the so-called "New Indigenous History", which values indigenous peoples as protagonists and decisive agents in the historical events that unfolded in the provincial Alagoas. In this sense, this study intends to contribute to a new look at indigenous military participation in nineteenth-century Brazil. |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/21188 |
Aparece en las colecciones: | Doutorado em História |
Se for cadastrado no RIMA, poderá receber informações por email.
Se ainda não tem uma conta, cadastre-se aqui!
Ficheros en este ítem:
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
---|---|---|---|---|
2025 - Adauto Santos da Rocha.Pdf | 4.38 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Los ítems de DSpace están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, a menos que se indique lo contrario.