Educação não formal como prática pedagógica no serviço de proteção e atendimento especializado a famílias e indivíduos: limites e possibilidades

Abstract

Temos na educação uma análise crítica do desenvolvimento dos indivíduos, pensando na possibilidade do cessar de uma educação opressora e frágil. Para além dos aspectos da educação formal, a educação não formal tem a proposta de levar educação aos diversos territórios e indivíduos. Pensando no papel da educação não formal esta pesquisa visou compreender como sua utilização pode contribuir para a emancipação dos usuários atendidos no CREAS, no acompanhamento realizado pelo PAEFI. Tivemos como metodologia uma abordagem qualitativa, com caráter de pesquisa ação participante, com os profissionais atuantes do CREAS do Município de Paracambi/RJ. Ainda como proposta metodológica utilizamos entrevistas com os profissionais, bem como a utilização de rodas de conversa para a maior precisão da coleta de dados frente às questões sobre o acompanhamento aos usuários do PAEFI, principalmente no âmbito do trabalho em grupo, previsto nas normativas do trabalho social da política de assistência social. Diante a proposta da pesquisa, podemos observar mediante os dados analisados, a fragilidade dos profissionais em materializar o acompanhamento aos usuários do PAEFI, na sua totalidade. O reconhecimento da política de assistência social e seus serviços como instrumento de emancipação e espaço educativo, ainda requer uma visão sistêmica, com entendimento sobre a importância da educação permanente. Uma visão que perpasse, principalmente, pela gestão e continue ecoando para os profissionais que lidam diretamente com as demandas. Dessa forma, esperamos pactuar a educação não formal como uma educação presente no âmbito dos serviços propostos na política de assistência social, auxiliando para o resgate da cidadania e transformação social de pessoas em processos vulnerabilizantes.