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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/23302| Tipo do documento: | Tese |
| Title: | Ativismos alimentares do sul e do norte global: MST, slow food e os mundos da crítica em torno da alimentação. |
| Other Titles: | “Food activisms from the global south and north: MST, slow food and the food’s worlds of critique”. |
| Authors: | Tanaka, Jennifer Harumi |
| Orientador(a): | Portilho, Maria de Fátima Ferreira |
| Primeiro membro da banca: | Portilho, Maria de Fátima Ferreira |
| Segundo membro da banca: | Schmitt, Claudia Job |
| Terceiro membro da banca: | Oliveira, Daniel Coelho |
| Quarto membro da banca: | Niederle, Paulo André |
| Quinto membro da banca: | Marques, Paulo Eduardo Moruzzi |
| Keywords: | ativismo alimentar;Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST);Slow Food;sul global;Food activism;landless workers' movement;global south |
| Área(s) do CNPq: | Agronomia |
| Idioma: | por |
| Issue Date: | 17-Oct-2024 |
| Publisher: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
| Sigla da instituição: | UFRRJ |
| Departamento: | Instituto de Ciências Humanas e Sociais |
| Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade |
| Citation: | TANAKA, Jennifer Harumi. “Ativismos alimentares do Sul e do Norte Global: MST, Slow Food e os mundos da crítica em torno da alimentação”. 2024. 268 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais em Desenvolvimento Agricultura e Sociedade) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2024. |
| Abstract: | Comer é direito, prazer, comunhão, ancestralidade. Hoje, ativistas e coletivos têm reivindicado o comer também como ato político, dado o seu potencial de fomentar novos caminhos para os sistemas alimentares. Neste contexto, o objetivo desta tese foi analisar e sistematizar a pluralidade das contestações alimentares e as particularidades dos ativismos alimentares do Sul e do Norte Global, tendo como casos de estudo o MST no Brasil e o Slow Food na Itália. Para tanto, a pesquisa se utilizou de um quadro teórico interdisciplinar que uniu, de forma pouco convencional, a Teoria da Justificação, a Teoria do Sul, os Estudos Alimentares e os Estudos do Consumo. Somado a isso, foi realizada uma análise de documentos públicos veiculados pelo MST e pelo Slow Food desde a década de 1980 até os dias atuais. O foco de ambos nas diferentes apreensões do tema “terra” possibilitou evidenciar as disparidades geopolíticas e as especificidades dos ativismos alimentares do Sul e do Norte Global. A ideia de Terra Madre (mãe-Terra em português) presente em grande parte das narrativas do Slow Food na Itália remete a um pressuposto de universalidade. Já o MST discute a terra à luz do período colonial, regionalizando as discussões, conectando pautas e suscitando contestações em prol da reparação histórica. Os processos de desfetichização da mercadoria são comuns a ambos os movimentos, porém, com qualificações baseadas em arranjos específicos entre os diferentes mundos da crítica em torno da alimentação. No Brasil, em processo de estetização da ética, o MST estabeleceu a produção de alimentos saudáveis como o novo paradigma da reforma agrária. Com raízes no Norte Global, o Slow Food, em tendência oposta, reestruturou seu programa político, a partir da eticização da estética, tecendo redes ao redor do mundo e consolidando sua agenda em defesa dos alimentos bons, limpos e justos para todas e todos. O trabalho demonstrou, ainda, que a politização do consumo alimentar é um fenômeno consistente nos dois casos, embora permeado por ambiguidades, tensões e negociações, e com agendas características a cada contexto. O MST por meio da rede Armazém do Campo fomenta o consumo político de massas. Já as Fortalezas Slow Food, visando a salvaguarda de alimentos e modos de preparo em risco de extinção, promovem produtos raros e exclusivos para consumidores afluentes. As conclusões desta tese evidenciam que, para superar a sub- representatividade na literatura dos ativismos alimentares pujantes no Sul Global, é preciso não apenas enquadrá-los sob um grande guarda-chuva conceitual, mas explorá-los e qualificá-los segundo suas singularidades, fomentando agendas de pesquisas mais simétricas, inclusivas e interseccionais. |
| Abstract: | Eating is a right, pleasure, communion, ancestry. Nowadays, activists and collectives have also been claiming eating as a political act, given its potential to foster new paths for food systems. In this context, this thesis aimed to analyze and systematize the plurality of food struggles and the particularities of food activism in the Global South and North, using as case studies the MST in Brazil and Slow Food in Italy. To this end, the research used an interdisciplinary theoretical framework that unconventionally combined Theory of Justification, Southern Theory, Food Studies, and Consumption Studies. Based on the analysis of public documents published by the MST and Slow Food from the 1980s to the present day, the focus on the different understandings of the theme of “land” and similar notions (earth, soil, etc) made it possible to highlight the geopolitical disparities and the specificities of food activism in the Global South and North. For instance, the idea of Terra Madre (Mother Earth, in English) present in Slow Food narratives in Italy refers to an assumption of universality. The MST, on the other hand, discusses land in light of the colonial period, regionalizing discussions, connecting issues and raising challenges in favor of historical reparations. The processes of de- fetishizing commodities are common to both movements, but with qualifications based on specific arrangements between the different worlds of critique around food. In Brazil, in a process of aestheticizing ethics, the MST established the production of healthy food as the new paradigm of agrarian reform. With its roots in the Global North, Slow Food, in an opposite trend, restructured its political program based on the ethicalization of aesthetics. It weaved networks around the world and consolidated its agenda in defense of good, clean and fair food for all. The study also demonstrated that the political consumerism is a consistent phenomenon in both cases, although permeated by ambiguities, tensions and negotiations, with agendas that are characteristic of each context. The MST, through the Armazém do Campo’s network, promotes mass political consumption. Meanwhile, the Slow Food Presidia, aiming to safeguard foods and methods of preparation at risk of extinction, promotes rare and exclusive products to affluent consumers. The conclusions of this thesis show that, in order to overcome the underrepresentation in the literature of thriving food activism in the Global South, it is necessary not only to frame them under a broad conceptual umbrella, but to explore and qualify them according to their singularities, fostering more symmetrical, inclusive and intersectional research agendas. |
| URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/23302 |
| Appears in Collections: | Doutorado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade |
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