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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9916
Tipo do documento: | Tese |
Title: | Determinantes sócio-históricos das mudanças recentes na gestão da educação profissional tecnológica no Brasil |
Other Titles: | Socio-historical determinants of recent changes in the management of technological professional education in Brazil |
Authors: | Veiga, Célia Cristina Pereira da Silva |
Orientador(a): | Souza, José dos Santos |
Primeiro membro da banca: | Souza, José dos Santos |
Segundo membro da banca: | Chaves, Vera Lúcia Jacob |
Terceiro membro da banca: | Frigotto, Gaudencio |
Quarto membro da banca: | Mancebo, Deise |
Quinto membro da banca: | Macedo, Jussara Marques de |
Keywords: | Estado e políticas públicas;Reforma do estado;Educação profissional;Educação tecnológica;Curso superior de tecnologia;State and Public Policies;State reform;Vocational education;Technological education;Higher technology course;Estado y políticas públicas;Educación tecnológica;Reforma del estado;Educación profesional;Curso superior de tecnología |
Área(s) do CNPq: | Educação |
Idioma: | por |
Issue Date: | 12-Mar-2020 |
Publisher: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Educação Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares |
Citation: | VEIGA, Célia Cristina Pereira da Silva. Determinantes sócio-históricos das mudanças recentes na gestão da educação profissional tecnológica no Brasil. 2020. 377 f. Tese (Doutorado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Instituto de Educação/Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/Nova Iguaçu, 2020. |
Abstract: | A política educacional é um dos principais instrumentos de manutenção da hegemonia burguesa. Por isto, em seu processo de recomposição diante da crise orgânica do capital, a burguesia aciona medidas para conformar os sistemas educacionais no seio de profundas mudanças estruturais e superestruturais para garantir a restauração de suas bases de acumulação de capital. Esse processo se materializa em duas dimensões: na reestruturação produtiva e na reforma do Estado. Nesse contexto, a sofisticação dos instrumentos de mediação de conflito de classes, para garantir a manutenção da hegemonia burguesa, impulsiona a articulação de uma política global para a formação humana, de modo a adequá-la às demandas atuais de produtividade e competitividade das empresas. As estratégias formuladas no bojo desse processo impulsionaram reformas em todos os níveis educacionais. Os Cursos Superiores de Tecnologia (CST) foram estruturados a partir deste processo marcado por rupturas e instabilidades. Diante disso, tomamos como objeto de estudo a regulação e desenvolvimento dos CST. Partimos do questionamento acerca do papel desses cursos na divisão do trabalho educacional do país, seu desenvolvimento e a sua relação com o processo de recomposição burguesa. Nosso objetivo é explicar em que aspecto a regulamentação dos CST flexibiliza a formação para o trabalho complexo ao mesmo tempo em que educa o trabalhador para encarar com naturalidade a instabilidade do mercado. Trata-se de uma pesquisa de natureza básica, com abordagem qualitativa e finalidade explicativa, que adota os procedimentos técnicos de uma pesquisa documental cujos tipos de instrumentos são a análise de fontes bibliográficas primárias e secundárias. Os resultados da análise evidenciam que a regulamentação dos CST é expressão da recomposição burguesa na política educacional e materializa a dualidade educacional no nível superior, assim como é expressão também da reconfiguração da divisão do trabalho educacional e da divisão social do conhecimento. Para este fim, o fomento aos CST nas últimas décadas contou com a ampla participação dos aparelhos privados de hegemonia e de seus intelectuais orgânicos comprometidos com os interesses do capital e com o investimento financeiro maciço tanto na implementação desses cursos como na produção de pesquisa acadêmica para justificá-lo como modelo de formação em nível superior. Concluímos que esses cursos cumprem dupla função social. Ao mesmo tempo em que formam quadros para aplicar produtivamente a ciência e a tecnologia, funcionam também como instrumento de conformação ética e moral, ao formar trabalhadores de novo tipo, conformados ética e moralmente à intensificação da precariedade do trabalho e da vida, bem como para participar ativamente na reprodução do sistema do capital, especialmente em contextos de capitalismo dependente. Não obstante, ao suprir a demanda sistêmica de qualificar para o trabalho e conformar para a vida social, ampliam-se as possibilidades de desenvolvimento humano para além dos limites impostos pela política. Desse mote, a contradição entre qualificar para o trabalho e desenvolver o humano apenas dentro dos limites impostos para conservação do capital impulsiona a organização de estratégias e instrumentos para mitigar os riscos de rompimento com o sistema socioeconômico |
Abstract: | Educational policy is one of the main instruments for maintaining bourgeois hegemony. For
this reason, in its process of recomposition in the face of the organic crisis of capital, the
bourgeoisie take actions to conform the educational systems within profound structural and
superstructural changes to guarantee the restoration of their bases of capital accumulation.
This process materializes in two dimensions: in the productive restructuring and in the reform
of the State. In this context, the sophistication of the instruments of mediation of class conflict,
to guarantee the maintenance of the bourgeois hegemony, impels the articulation of a global
policy for human formation, in order to adapt it to the current demands of productivity and
competitiveness of companies. The strategies formulated in the midst of this process spurred
reforms at all educational levels. The Higher Technology Courses (CST) were structured based
on this process marked by ruptures and instabilities. Therefore, we take as an object of study
the regulation and development of CST. We start from the questioning about the role of these
courses in the division of educational work in the country, their development and their
relationship with the process of bourgeois recomposition. Our objective is to explain in what
aspect the regulation of CTS makes training flexible for complex work, while educating workers
to face the instability of the market naturally. It is a basic research, with a qualitative approach
and explanatory purpose, which adopts the technical procedures of a documentary research
whose types of instruments are the analysis of primary and secondary bibliographic sources.
The results of the analysis show that the regulation of CST is an expression of the bourgeois
recomposition in educational policy and materializes the educational duality at the higher
level, as well as an expression of the reconfiguration of the division of educational work and
the social division of knowledge. To this end, the promotion of CST in the last decades has
counted on the wide participation of private hegemonic apparatus and their organic
intellectuals committed to the interests of capital and with massive financial investment both
in the implementation of these courses and in the production of academic research for justify
it as a training model at a higher level. We conclude that these courses have a dual social
function. At the same time that they form cadres to apply science and technology productively,
they also function as an instrument of ethical and moral conformity, by forming workers of a
new type, ethically and morally conformed to the intensification of precarious work and life, as
well as to actively participate in the reproduction of the capital system, especially in contexts
of dependent capitalism. Nevertheless, by meeting the systemic demand to qualify for work
and conform to social life, the possibilities for human development are expanded beyond the
limits imposed by politics. From this argument, the contradiction between qualifying for work
and developing the human only within the limits imposed for the conservation of capital drives
the organization of strategies and instruments to mitigate the risks of disruption with the
socioeconomic system. La política educativa es uno de los principales instrumentos para mantener la hegemonía burguesa. Por esta razón, en su proceso de recomposición ante la crisis orgánica del capital, la burguesía inicia medidas para conformar los sistemas educativos dentro de profundos cambios estructurales y superestructurales para garantizar la restauración de sus bases de acumulación de capital. Este proceso se materializa en dos dimensiones: en la reestructuración productiva y en la reforma del Estado. En este contexto, la sofisticación de los instrumentos de mediación del conflicto de clases, para garantizar el mantenimiento de la hegemonía burguesa, impulsa la articulación de una política global para la formación humana, a fin de adaptarla a las demandas actuales de productividad y competitividad de las empresas. Las estrategias formuladas en medio de este proceso impulsaron reformas en todos los niveles educativos. Los Cursos Superiores de Tecnología (CST) se estructuraron en base a este proceso marcado por rupturas e inestabilidades. Por lo tanto, tomamos como objeto de estudio la regulación y el desarrollo de CST. Partimos del cuestionamiento sobre el papel de estos cursos en la división del trabajo educativo en el país, su desarrollo y su relación con el proceso de recomposición burguesa. Nuestro objetivo es explicar en qué aspecto la regulación de los CST hace que la capacitación sea flexible para trabajos complejos, al tiempo que educamos a los trabajadores para enfrentar la inestabilidad del mercado de forma natural. Es una investigación básica, con un enfoque cualitativo y un propósito explicativo, que adopta los procedimientos técnicos de una investigación documental cuyos tipos de instrumentos son el análisis de fuentes bibliográficas primarias y secundarias. Los resultados del análisis muestran que la regulación de la CST es una expresión de la recomposición burguesa en la política educativa y materializa la dualidad educativa en el nivel superior, así como una expresión de la reconfiguración de la división del trabajo educativo y la división social del conocimiento. Con este fin, la promoción de CST en las últimas décadas ha contado con la amplia participación del aparato hegemónico privado y sus intelectuales orgánicos comprometidos con los intereses del capital y con una inversión financiera masiva tanto en la implementación de estos cursos como en la producción de investigación académica para justifíquelo como un modelo de entrenamiento en un nivel superior. Concluimos que estos cursos tienen una doble función social. Al mismo tiempo que forman cuadros para aplicar la ciencia y la tecnología de manera productiva, también funcionan como un instrumento de conformidad ética y moral, al formar trabajadores de un nuevo tipo, conformados ética y moralmente a la intensificación del trabajo y la vida precarios, así como a Participar activamente en la reproducción del sistema de capital, especialmente en contextos de capitalismo dependiente. Sin embargo, al satisfacer la demanda sistémica de calificar para el trabajo y ajustarse a la vida social, las posibilidades de desarrollo humano se expanden más allá de los límites impuestos por la política. A partir de este lema, la contradicción entre calificar para el trabajo y desarrollar al ser humano solo dentro de los límites impuestos para la conservación del capital impulsa la organización de estrategias e instrumentos para mitigar los riesgos de interrupción del sistema socioeconómico |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9916 |
Appears in Collections: | Doutorado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares |
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