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https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20178
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Ocorrência de Listeria sp. e Listeria monocytogenes em produtos de pescado prontos para consumo: correlação com a microbiota acompanhante |
Título(s) alternativo(s): | Occurrence of Listeria sp. and Listeria monocytogenes in ready-to-eat fish products: correlation with the background microbiota |
Autor(es): | Tavares, Mayara dos Santos |
Orientador(a): | Luchese, Rosa Helena |
Primeiro membro da banca: | Luchese, Rosa Helena |
Segundo membro da banca: | Pereira, Karen Signori |
Terceiro membro da banca: | Oliveira, Gesilene Mendonça de |
Palavras-chave: | pescado defumado;kani-kama;pronto para consumo;bactérias láticas (BAL);Listeria;smoked fish;kanikama;ready-to-eat;lactic acid bacteria (LAB);Listeria |
Área(s) do CNPq: | Ciência e Tecnologia de Alimentos |
Idioma: | por |
Data do documento: | 19-Dez-2022 |
Editor: | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
Sigla da instituição: | UFRRJ |
Departamento: | Instituto de Tecnologia |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos |
Citação: | TAVARES, Mayara dos Santos. Ocorrência de Listeria sp. e Listeria monocytogenes em produtos de pescado prontos para consumo: Correlação com a microbiota acompanhante. 2022. 72 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Ciência de Alimentos) - Instituto de Tecnologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2022. |
Resumo: | O consumo de pescado prontos para consumo no Brasil vem aumentando, principalmente devido ao alto valor nutricional e praticidade. Todavia um problema sanitário torna-se evidente, já que alimentos prontos não necessitam de um aquecimento antes do consumo, propiciando casos de listeriose, uma doença causada por Listeria monocytogenes bactéria capaz de crescer sob refrigeração. O objetivo desta pesquisa foi determinar a ocorrência de Listeria sp. e L. monocytogenes em produtos pescado prontos para consumo com pH ≥5,0 e Aa ≥ 0,94, conforme estabelecido pelos padrões microbiológicos para alimentos, assim como correlacionar com a presença da microbiota acompanhante. Foram avaliadas 72 amostras de kani-kama, sendo 3 subunidades do mesmo lote analisados em 3 tempos diferentes e 48 amostras de salmão defumado e fatiado sendo 2 subunidades e dois tempos diferentes, coletados no município do Rio de Janeiro e região metropolitana. As amostras foram examinadas imediatamente após aquisição dos produtos congelados, considerado o dia (zero), e após 7 e 15 dias de armazenamento a 5°C para kani-kama, e por 30 dias para o salmão defumado e fatiado, simulando a possibilidade de armazenamento do produto sob refrigeração a 5°C em sua embalagem original. De 72 amostras de kani-kama, 23,6% e 45,8% testaram positivas para Listeria sp. pelos métodos de cultivo e PCR, respectivamente. Das amostras que apresentaram colônias verde azuladas presuntivas características de Listeria no ágar ALOA, 12,5% correspondiam a bactérias Gram positivas de gêneros interferentes. Com relação a presença de L. monocytogenes 4,2% das amostras de kani-kama foram confirmadas positivas por testes fenotípicos, e 29,2% por qPCR. A contagem mais alta de Listeria sp. em kani kama foi observada na marca kani 1 aos 7 dias de armazenamento a 5°C sendo média de 2 ± 1,1 Log UFC/g. Nenhuma amostra apresentou contaminação com L. monocytogenes acima do limite máximo de 2 Log UFC/g. De 48 amostras de salmão defumado e fatiado 33,3% e 56,2% testaram positivas para Listeria sp pelos métodos de cultivo e PCR, respectivamente. Para L. monocytogenes 10,4% foram confirmadas positivas por testes fenotípicos e 47,9% por qPCR. As contagens de Listeria sp. em salmão foram significativamente maiores após 30 dias de armazenamento (P<0.05), e em duas das marcas comerciais avaliadas o número ultrapassou 2 Log UFC/g. Já para L. monocytogenes com confirmação por qPCR, nenhuma amostra ultrapassou a contagem de 2 Log UFC/g, estando de acordo com os padrões sanitários brasileiros. Como esperado detectou-se população maior de mesófilos aeróbios, psicrotróficos e bactérias láticas no salmão defumado se comparado com kani-kama. Números mais altos de bactérias láticas detectados nas amostras de salmão defumado e fatiado de cerca de 2 Log UFC/g foram muito baixos para exercerem algum tipo de interação com L. monocytogenes. Conclui-se que técnica de PCR mostrou maior sensibilidade para detecção de Listeria sp e L. monocytogenes se comparada com o método tradicional de cultivo. Embora nenhuma amostra de kani-kama ou de salmão defumado e fatiado tenha apresentado números de L. monocytogenes superior a 2 Log UFC/g, observou-se maior número de amostras positivas durante o armazenamento refrigerado comparadas ao tempo zero, indicando que a refrigeração por tempo longo pode representar um risco adicional a sanidade, mesmo para produtos ultra processados como o kani-kama. |
Abstract: | The consumption of ready-to-eat fish has grown significantly in recent years in Brazil, due to its high nutritional value and practicality for consumption. However, a health problem becomes evident, since ready-made products do not require heating before consumption, providing cases of listeriosis, a disease caused by Listeria monocytogenes bacteria capable of growing under refrigeration. . This research aimed to evaluate the incidence of Listeria sp. and L. monocytogenes in ready-to-eat fish products with pH ≥5.0 and Aa ≥ 0.94, as established by the microbiological standards for food, as well as to correlate with the presence of the background microbiota. Seventy-two samples of kani-kama were evaluated, with 3 subunits from the same lot analysed at 3 different times and 48 samples of smoked and sliced salmon, with 2 subunits and two different times, collected in the city of Rio de Janeiro and metropolitan region. The samples were examined immediately after purchasing the frozen products, which was considered the time zero, and after 7 and 15 days of storage at 5°C for kani-kama, and after 30 days for smoked and sliced salmon, simulating the possibility of storing the products under refrigeration in its original packaging. From the 72 kani-kama samples, 23.6% and 45.8% tested positive for Listeria sp. by the culture and PCR methods, respectively. Of the samples that showed presumptive turquoise colonies characteristic of Listeria on ALOA agar, 12.5% corresponded to Gram positive bacteria of interfering genera. Regarding the presence of L. monocytogenes, 4.2% of the kani-kama samples were confirmed positive by phenotypic tests, and 29.2% by qPCR. The highest count of Listeria sp. in kani kama was observed with the brand kani 1 after 7 days of storage at 5°C with an average of 2 ± 1.1 Log CFU/g. No sample showed contamination with L. monocytogenes above the maximum limit of 2 Log CFU/g. From 48 smoked and sliced salmon samples, 33.3% and 56.2% tested positive for Listeria sp by culture and PCR methods, respectively. For L. monocytogenes 10.4% were confirmed positive by phenotypic tests and 47.9% by qPCR. Listeria sp. in salmon were significantly higher after 30 days of storage (P<0.05), and in two of the commercial brands, the number exceeded 2 Log CFU/g. Nevertheless, for L. monocytogenes, no sample exceeded the count of 2 Log CFU/g, which is in accordance with Brazilian health standards. As expected, a larger population of aerobic mesophiles, psychrotrophs and lactic acid bacteria was detected in smoked salmon compared to kani-kama. Although none of these populations exceeded 6 Log CFU/g, the salmon was already sensory compromised. Lactic acid bacteria population was higher in smoked salmon than in kani-kama, reaching ca 2 Log CFU/g, but yet too low to exert any kind of interaction with L. monocytogenes. It was concluded that the PCR technique showed greater sensitivity for the detection of Listeria sp and L. monocytogenes compared to the traditional culture method. Although no sample of kani-kama or smoked salmon showed numbers of L. monocytogenes greater than 2 Log CFU/g, a higher number of positive samples was observed during refrigerated storage compared to time zero, indicating that refrigeration for a long time can pose an additional health threat, even for ultra-processed food like kani-kama. |
URI: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20178 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos |
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